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18/05/2020

Fausto Giannecchini entre os 5 melhores armadores, de todos os tempos, do nosso basquete

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A Rádio Poliesportiva numa pesquisa nos anais do nosso basquete, escolheu os, 5 melhores armadores de todos os tempos do nosso basquete.

Texto de Eric Filardi

Veja os 5 mais do Brasil

Critérios para avaliação

Pequenos títulos valerão o mesmo que um lance livre (um ponto). Estaduais terão o valor de um chute do garrafão (dois pontos). Campeonato nacionais igualarão uma cesta da linha de três (3 pontos). Sul-Americanos por clubes equivalem a uma cesta de três mais bonificação (4 pontos). Mundiais de Clubes fecham os títulos por times com 5 pontos.

Por outro lado, títulos pela Seleção Brasileira terão peso maior. Dessa forma, Sul-Americanos valendo 7 pontos e Pan-Americanos 10 pontos. Títulos mundiais e olímpicos valerão 15 pontos. Vices-campeonatos Mundiais, Olímpicos e Pan-Americanos, dados a força da equipe de chegar até uma final, valerão três pontos a menos que o título. Titularidade em conquista Pan-Americana ou Mundial os armadores ganharão mais 5 pontos. Se for eleito para a Seleção do Torneio, mais 7 pontos e se for MVP, leva outros 10 tentos.

Top 5 – Maiores armadores brasileiros

5 – Cadum – 60 anos (60 pontos)

Filho de Cida e sobrinho de Maria Helena Cardoso, lendas da Seleção Brasileira das décadas de 1950 e 1960, além da tia ser a técnica campeã do Pan-Americano de 1991, Ricardo Cardoso Guimarães, ou simplesmente Cadum, já nasceu em “garrafão de basquete”. Seguindo a tradição, também obteve sucesso na Seleção verde-amarela.

Com ótimo passagem pelo basquete paulista, é ídolo do Monte Líbano, tendo cinco nacionais pelo time, sendo quatro seguidos (1982, 1984, 1985, 1986 e 1987). Além disso, foram três estaduais (1982, 1984 e 1986), sem contar mais quatro vices-Paulistas (1980, 1981, 1985 e 1987). Também foi bicampeão Sul-Americano de Clubes (1985 e 1986), sendo também vice em 1983 e 1987. Em 1985, chegou ao Mundial de Clubes, mas perderam a final para o Barcelona.

Pela Seleção Brasileira, foi um dos armadores reservas do time campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1987, sendo o imediato de Guerrinha. Além disso, esteve na campanha da prata Pan-Americana em Caracas, na Venezuela, em 1983. Sem contar que esteve na equipe bicampeã Sul-Americana de 1983 e 1989, além do vice em 1979.

Portanto, Cadum fica com 60 pontos, sendo 10 pontos do Pan de 1987 e sete do vice-Pan de 1983, 14 do bicampeonato do Sul-Americano (7 x 2), oito do Sul-Americano de Clubes (4 x 2), 15 pelos cinco brasileiros (5 x 3) e seis pontos pelos três Paulistas (3 x 2).

Guerrinha e Cadum, dois dos três armadores da Seleção Brasileira na conquista do Ouro no Pan-Americano de Indianapolis (EUA), em 1987, relembram esse momento marcante do basquete

4 – Guerrinha, 60 anos (68 pontos)

Titular do histórico título da Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 1987, Jorge Guerra era o cérebro da equipe que tinha Marcel Oscar como principais jogadores. Na ocasião, o Brasil levou o ouro após uma virada épica sobre os anfitriões, Estados Unidos, após estar perdendo no intervalo por 14 pontos. Vale ressaltar que os EUA sempre foram potência no basquete.

“Foi uma emoção muita grande. Uma conquista assim marca uma geração, marca um jogador. Era um grupo de atletas que começou a se formar em 1983 e foi até 1992. Foram 10 temporadas juntos, disputando Olimpíadas e Mundiais. Era um grupo coeso, tinha aquela paixão de jogar pela Seleção, tinha qualidade em nível internacional. Era uma época mais romântica. Hoje é muito profissional, então são coisas que a gente guarda, lembra, vai curtir ainda por muitos anos”, contou Guerrinha.

Além disso, já havia sido vice-campeão Pan-Americano em 1983 com a Seleção. Também faturou um Pré-Olímpico das Américas (1988) e dois Sul-Americanos (1985 e 1989). Já por clubes, teve passagem emblemática pelo Franca, onde conquistou inúmeros títulos. Ficou no time de 1975 até 1991, depois transferindo-se para o Monte Líbano e encerrando a carreira em 1997, no Ribeirão Preto.

Pelo time da Capital do Basquete foram quatro campeonatos nacionais (1980, 1981, 1990 e 1991), cinco paulistas (1975, 1976, 1977, 1988 e 1990) e três Campeonatos do Interior (1975, 1976 e 1977). Também foi duas vezes vice-campeão do Mundial Interclubes (1975 e 1980), cinco vezes vice-campeão brasileiro (1979, 1981, 1982, 1986 e 1988-89) e quatro vezes vice-campeão paulista (1978, 1979, 1980 e 1991).

Por fim, Guerrinha soma 68 pontos, sendo 15 tentos do Pan-Americano de 1987 (10 do título e cinco da titularidade), sete pontos do da prata do Pan-Americano de 1983 (10 – 3), outros sete do título do pré-Olímpico das Américas (1988), 14 pontos do bicampeonato do Sul-Americano (1985 e 1989), 12 pontos pelos nacionais (4 x 3), 10 pontos pelos cinco Paulistas e três tentos pelos títulos do Paulista do Interior

3 – Fausto Giannecchini, 68 anos (77 pontos)

Sim, ele é parente do ator global Reynaldo Giannecchini, é tio dele. O armador atuou entre 1970 e 1992, fazendo história com as camisas de Franca, Sírio e Vila Nova. Ao todo, foram incríveis sete títulos brasileiros (1971, 1973, 1974, 1975, 1980, 1981 e 1983).

Assim, está no pódio dos maiores armadores, além de estar empatado com Marcelinho Machado nos atletas com mais títulos nacionais. Fausto também brilhou com a Seleção Brasileira, faturando três edições do Sul-Americano (1973, 1977 e 1983), além do bronze no Mundial de 1978.

Mesmo não tendo a mesma relevância dos armadores anteriores no quesito Seleção, Fausto Giannecchini é uma lenda do basquete brasileiro pelo número de títulos conquistados por clubes. Começou no basquete na base do Franca, tendo conquistado o nacional em 1971 e o Paulista de 1973. Depois fez parte do time do Vila Nova, de Goiás, e ganhou o brasileiro de 1973.

Em 1974 voltou a Capital do Basquete e ganhou praticamente tudo. Foram em 1974 levou Brasileiro e Sul-Americano de Clubes. 1975 foi um ano épico: a tríplice coroa! Faturaram Paulista, Brasileiro e Sul-Americano. Em seguida veio uma dobradinha estadual (1976 e 1977), sendo tricampeões consecutivos, e outra dobradinha de relevância: 1980 e 1981, conquistando o Brasil e às Américas. Por fim, foi para o Sírio, garantindo o Brasileiro de 1983 e o Sul-Americano de 1984.

Portanto, Fausto Giannecchini leva 77 pontos na disputa, sendo: 21 pontos de três Sul-Americanos por Seleções (7 x 3), sete tentos pelo vice-Pan de 83 (10 – 3), 20 pontos pelos cinco Sul-Americanos por clubes (5 x 4), 21 pelos sete nacionais (7 x 3) e mais oito pelos quatro estaduais (4 x 2). Não conta na pontuação, mas vale ressaltar os vices do Mundial de Clubes do Franca em 1975 e 1981.

2 – Rosa Branca (falecido), 68 anos (122 pontos)

Carmo de Souza, ou simplemente Rosa Branca, foi um dos icônicos armadores das décadas de 1950, 1960 e 1970. Histórico, fez parte da Seleção Brasileira bicampeã mundial em 1959 e 1963, sendo titular neste último, além da prata em 1970. Nos Jogos Olímpicos, foram dois bronzes (1960 e 1964). Em Pan-Americanos, levou o bronze em 1959 e a prata em 1963. Ainda levou incríveis seis títulos Sul-Americanos com o Brasil (1958, 1960, 1961, 1963, 1968 e 1971).

Foi um atleta diferenciado, sendo polivalente. Começou como pivô, “desceu” para ala, até chegar a posição de armador. Por exemplo, em 1959, no Mundial, era reserva de Amaury Pasos. Contudo, em 1963, jogou de ala para ser titular. Por clubes, marcou época no São Carlos, Palmeiras e no Corinthians. Assim, levou o Paulista do Interior e o vice-Paulista, ambos em 1956, pelo São Carlos. Então, foi para o Verdão, sendo bicampeão paulista (1961 e 1963).

Já pelo Timão, foi tricampeão paulista (1966, 1968, 1969), vice três vezes do Brasileiro (1967, 1968, 1970), mas conquistou três Brasileiros e Sul-Americano, todos nas mesmas datas: 1965, 1966 e 1969. Além disso, foi hexacampeão paulistano consecutivo (1965, 1966, 1967, 1968, 1969 e 1970) e vice em 1967.

Portanto, Rosa Branca soma 122 pontos, sendo 30 pontos do bicampeonato mundial (15 + 15) e mais cinco da titularidade do segundo título. Pelo vice-Pan em 1963, leva sete pontos (10 – 3). Pelos seis Sul-Americanos de Seleção, mais 42 pontos (7 x 6).

O título do Interior vale um ponto, mas os títulos paulistas valem 10 (5 x 2). Tricampeão Brasileiro são nove pontos (3 x 3) e mais 12 tentos para o tricampeonato do Sul-Americano de Clubes (4 x 3) e, por fim, cada torneio paulistano conquistado soma mais um ponto (6 x 1).

1 – Amaury Pasos – 84 anos (147 pontos)

O maior dos armadores de todos os tempos do basquete brasileiro é Amaury Pasos. Bicampeão mundial em 1959 e 1963, não só foi titular, como também foi o melhor jogador dos dois torneios, sendo reconhecido como MVP do segundo Mundial de 1963 somente 55 anos depois, tirando o MVP de Wlamir Marques, outro icônico atleta. Além disso, ficou as duas vezes na Seleção do campeonato.

“Estou muito feliz e gratificado. A FIBA me notificou que foi acrescentado em meu perfil no Hall da Fama também como MVP do Mundial de 1959, que somando com a de 1963, me tornei o único jogador integrante do Hall da Fama a ter sido por mais de uma vez o melhor jogador dos campeonatos mundiais”, declarou El Pelao, como ficou conhecido pela calvice precoce. “É o legado que estou deixando para meus filhos, netos e agora um bisneto. Nasceu o Antônio Pasos, mesmo nome do meu pai que já quer falar e andar com prematuramente”, completou Pasos.

Também foi prata no Mundial de 1954, além da efetiva participação no tetracampeonato sul-americano de seleções (1958, 1960, 1961 e 1963). Nas Olimpíadas, levou dois bronzes em 1960 e 1964. Em Pans, foi prata em 1963, sem contar que, após terminar a carreira, foi campeão de Masters em 1995.

Já por clubes, começou no Tietê, mas foi no Sírio onde começou a ganhar títulos, levando cinco campeonatos paulistanos (1959, 1960, 1961, 1962 e 1963), dois Paulistas (1959 e 1962) e um Sul-Americano de Clubes (1961). Já pelo Corinthians, foram mais cinco campeonatos paulistanos (1966, 1967, 1968, 1969 e 1970), três Paulistas (1966, 1968 e 1969), dois Brasileiros (1966 e 1969) e no mesmo ano levou também dois Sul-Americanos de Clubes (1966 e 1969).

Portanto, Amaury Pasos finaliza com 147 pontos, sendo: 30 do bicampeonato mundial (15 + 15), outros 10 pela titularidade nestas competições (5 + 5), mais 14 pontos por estar na seleção dos Mundiais (7 + 7). Assim, também ganha mais 20 tentos pelos MVP nos mesmos torneios (10 + 10). Pela prata Pan-Americana, mais sete tentos (10 – 3). Nos Sul-Americanos de seleções, são 28 tentos (7 x 4).

Por clubes, são 10 pontos de campeonatos paulistanos (10 x 1), mais 10 pelos Paulistas (5 x 2), outros seis pontos pelos Brasileiros (3 x 2) e, por fim, mais 12 pontos pelos quatro Sul-Americanos de Clubes (4 x 3).

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