ENTREVISTAS

DÉBORA SANTOS: 26 REBOTES NUM ÚNICO JOGO; SUA “LADY TEXAN” NÚMERO UM DO RANKING NACIONAL E MUITAS CONQUISTAS NO BASQUETE NORTE AMERICANO

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Seu primeiro contato com o basquete, foi em 2013 na escolinha do Club Municipal, da sua cidade natal, o Rio de Janeiro.

Passando pelo Botafogo, Vila Isabel e atravessou a barreira de seu estado, ganhando destaque Nacional.

Colecionando conquistas como sendo eleita a melhor pivô do Campeonato Brasileiro Nacional de Base em 2015, cestinha do 20° Sul-Americano e foi convocada pra seleção brasileira escolar dos jogos escolares da juventude.

            Esta menina é Débora Reis dos Santos que desde 2018, está atuando nos Estados Unidos e gentilmente concedeu esta entrevista para que possamos ver um pouco mais da carreira brilhante da maravilhosa Débora.

A minha primeira disputa em solo internacional foi nos II Jogos Sul-Americanos da Juventude no ano de 2017, em Santiago do Chile. Defendendo o Brasil, na modalidade de basquete 3x3. Isto me permitiu iniciar o ano de 2018, como a número #1 do ranking no Brasil.

         Em 2018, surgiu a oportunidade de ir para um camping internacional de basquete, era a minha primeira vez nos Estados Unidos.

         Depois disso, aceitei um outro convite, agora feito pela técnica Anne Sabatini para finalizar o meu ensino médio nos Estados Unidos. Na temporada regular poderia jogar pelo colégio e, nas férias de verão, jogaria basquete pelo clube. Foi uma decisão difícil, pois havia estudado por muitos anos no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Tomada a decisão e com o visto de estudante em mãos, viajei para os Estados Unidos, já matriculada numa imersão em inglês, visando não somente facilitar a minha adaptação, mas também me preparar para o teste de nivelamento, cujo resultado necessitava ser apresentado ao colégio.

         Consegui uma vaga numa instituição centenária, fundada em 1875, o Wasatch Academy que se encontra localizado na cidade chamada Mount Pleasant em Utah, o aeroporto internacional de entrada fica em Salt Lake City. Como todo colégio de ensino médio, em matéria de variedade de esportes, lá não é diferente. Assim, minha temporada de esportes começou com o vôlei e, não o sonhado basquete. Finalizados os jogos regulares e estaduais, deixamos a bola branca de lado e abraçamos a esperada boa laranja. A experiência vivenciada no meu time do colégio foi bem diferente da experimentada no clube. Nesse colégio, o time masculino era o preferido, afinal, era um top cinco do país, enquanto que o feminino ainda estava em busca do seu espaço. Lá, tive a oportunidade de treinar com o técnico Travis Madsen e de conhecer duas brasileiras, que já haviam jogado juntas a temporada anterior a minha chegada.

 Apesar de não sermos top nacional, o nosso time alcançou a melhor colocação de toda história do colégio, conquistando o quarto lugar no Estadual. Além dessa marca histórica para o time de basquete, obtive vários destaques individuais tanto no basquete como no vôlei, recebendo premiações de melhor atleta da semana no Wasatch Academy.

 Como americano ama Estatísticas, foi possível acompanhar minha evolução. Assim, soube que terminei a temporada em segundo lugar no ranking estadual de Utah no High School Activities Association (UHSAA Girls Basketball Leader) com a média de 14,2 rebotes por jogo e em quarto lugar com a média de 3,6 tocos por jogo.

 Em termos de jogos escolares a nível de ensino médio nos Estados Unidos, meu maior feito foi ter gravado o meu nome no Utah High School Activities Association Sports Records Book, com a marca de 26 rebotes num único jogo. Destaque-se que esse livro de recordes tem registros desde 1976. Um segundo fato importante foi ser considerada uma das melhores jogadas do Estado de Utah, Região Rocky Mountain, sendo listada no "ALL State Players".

 Nessa linha de estatísticas americanas, no site "Maxpreps.com", o meio esportivo a nível de ensino médio, pode acompanhar as estatísticas de diversas modalidades e de diversos alunos e seus colégios.

 Agora, em relação ao clube, participei do Programa Premier Basketball Colorado, na equipe Nike Girls EYBL (Elite Youth Basketball League, e na Nike Girls. Essas ligas existem tanto para as garotas como para os garotos, sendo ligas muito disputadas. O técnico principal é o Keith Van Horn, ex-atleta da NBA. No time EYBL, ganhei muita experiência como atleta, porque não só treinava com o coach Keith, mas também porque havia muita competitividade no time. Só para exemplificar: nesse time encontrei uma das dez atletas top do país, uma top 10. Foi muito difícil, mas ao mesmo tempo, muito recompensador. Adquiri muita experiência, desenvolvi muito o meu basquete e até ganhei uma medalha. Por outro lado, ao viajar para jogar, conheci não só as magníficas quadras de basquete, como também vários lugares dos Estados Unidos, tais como: Windsor (Colorado), Hampton (Virgínia), Phoenix (Arizona), Salt Lake City (Utah), Louisville (Kentucky), Chicago (Illinois) e Las Vegas (Nevada).

         Depois da Wasatch Academy, recebi a oferta firme da assistente técnica, a coach Denise Rosário, para jogar pelo South Plains College, listado no "National Junior College Athletic Association" - NJCAA, nível D1, localizado em Levelland, Texas. É o meu início nos jogos universitários, agora faço parte das "Ladies Texans" que em janeiro de 2020, estavam como a #1 do ranking nacional. 

Obrigado Débora pela fantástica entrevista, você já tem um capítulo na História do Basquete do Brasil

Fotos: arquivo pessoal de Débora Reis Santos

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