ENTREVISTAS

PALOMA GABRIELLE, DO SPORT CLUB DO RECIFE, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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Uma verdadeira de história de amor ao basquete; da menina que teve problemas de saúde, e praticando basquete, voltou a ter uma saúde normal; da menina que fez uma cesta sentada e foi decisiva para seu time vencer; da menina que sonha jogar em São Paulo, onde tem mais equipes atuando e assim jogaria bem mais, e....

“ Sempre tive que superar a distância e a dificuldade financeira. Muitas vezes não tinha passagem pra ir de ônibus dai eu tinha que ir andando. As vezes não tinha o que comer em casa, porque tirava o dinheiro pra pagar viagem” conheça agora um pouco desta menina

Paloma Gabrielle Pimentel Pereira

 

 Paloma, quero que você fale um pouco de sua carreira como jogadora de basquete, quando começou até chegar hoje.

Em 2007 tive que ir morar no interior pra tentar uma vida melhor com minha mãe. Assim que cheguei, estudei um ano em uma escolha integral. Logo depois em 2008 fui pra outra escola maior e de referência tanto de ensino como esportiva. Nessa época estava com umas taxas muito altas, por ser bem gordinha, foi dai então que tive que entrar em alguns esportes pra melhorar minha saúde. Praticava futsal, tênis de mesa, handebol e basquete. Até os 10 anos eu era da escolinha, aos 11 subi pra equipe e comecei a treinar com as mais velhas. Em 2012 talvez um dos momentos mais difíceis pra mim, onde fiquei quase um ano fora das quadras porque fui diagnosticada com um tumor no olho direito, onde tive que fazer uma cirurgia e fazer vários tratamentos. De 2008 até 2013 participei de várias competições escolares, uma delas fui a MVP aos 11 anos. Aos 13 anos meu técnico me indicou para participar em uma peneira em Recife, no Sport. Eu fui e disputei com várias atletas do Brasil de 12 a 17 anos. Passei. Foi ai que tive que voltar a morar em Recife pra poder jogar aqui. Recebi metade de uma bolsa de estudos em uma das escolas agregadas ao Sport, estudei 6 meses e disputei os jogos escolares de Pernambuco, onde um dos jogos fui vista por dois técnicos um do clube e outra de uma escola que joguei contra. Mudei de clube fui para o NC (Nosso Clube Social Baska) e pra uma nova escola. Assim que cheguei no novo clube eles queriam me levar pra o Sul-americano na categoria sub14. Treinei forte e não tive dificuldade nenhuma de me adaptar, todos eram receptivos e me acolheram muito bem. Sou grata. Fui ao sul-americano conquistamos o 3º lugar da chave ouro e na mesma época fui convocada para seleção pernambucana sub14, mas o brasileiro não aconteceu. Fui vice-campeã pernambucana sub17 aos 13 anos e 3º lugar no pernambucano sub15. No final do ano fui chamada de volta ao Sport, buscando sempre evoluir mais, ganhar experiência, viajar etc, eu optei voltar. Em 2015 fui para copa Natal, a Salvador jogar pela escola, Sul-americano onde ficamos em 3º chave ouro e convocada novamente para a seleção pernambucana sub15 e sub17. Fui cortada da sub17, mas viajei pra Curitiba para disputar o  brasileiro com o sub15. No ano de 2016 ainda no Sport fui a copa natal, Nordestão, Brasília (Copa Minas) e o sul-americano novamente conquistando ouro da chave prata no sub16 e 1º da chave ouro com o sub17. No sub16 fiquei entre as 10 cestinhas do campeonato. Em 2017 o time do Sport foi reformulado, muitas atletas foram pra outro clube e escola, mas eu continuei. No início desse ano fui eleita a MVP e melhor defensora da seletiva que teve para participar do desporto escolar que aconteceria aqui em Recife. Hoje estou me preparando para as próximas competições.

   Quem foi sua inspiração para que tornasse uma jogadora de basquete?

Minha inspiração sempre foi a Diana Taurasi (Melhor jogadora da WNBA), a Adrianinha e minha mãe.

 Como você divide seu tempo entre, treinar, estudar e descansar?

Divido entre os estudos na parte da manhã e a metade da tarde, a outra metade academia e a noite treino na quadra e descanso.

 Você gosta mais de atacar ou defender?

Prefiro atacar, mas sem a defesa não existe o ataque.

 Como são as competições no seu estado (Pernambuco)?

Muitas vezes não são de alto nível como São Paulo, Paraná etc pelo fato do número de equipes, mas não por não ter atletas/técnicos de qualidade. Quando tem os clássicos, os ginásios fervem de tanta emoção.

  Em sua carreira,   qual foi sua partida inesquecível?

Difícil escolher, mas duas das partidas foram no Sul-americano sub16 ano passado contra Santa Catarina e outra contra o Bradesco-SP, e tem também uma partida na seletiva aqui em Recife mesmo.

 Você já tem muitas medalhas e títulos conquistados, fale das suas conquistas que mais marcaram sua carreira

A que mais marcou foi com certeza a minha primeira conquista, minha primeira medalha. Foi uma mistura de superação e emoção, mesmo eu nem sabendo o tamanho do valor que o basquete teria na minha vida. Tive outras que eu nunca esquecerei, como: Sul-americanos, seleção e Nordestão.

  Fale de um (ou mais) fato inusitado acontecido com você, durante sua vida de jogadora?

Eu estava perdendo o jogo por 1 ponto em uma final, no último segundo do último período eu fiz uma cesta sentada e ganhamos o jogo.

 Seus  planos para esta próxima temporada.

Treinar bastante e forte como sempre e conseguir uma oportunidade para jogar em São Paulo.

COMPETIÇÃO DE TRÊS  PONTOS

Uma cidade    Recife

Prato preferido – Salada

Um sonho realizado - Viajar para jogar e seleção pernambucana.

Um sonho a realizar - Seleção Brasileira e jogar em outro país.

Um ídolo no basquete - No Brasil o Oscar e fora o Kobe.

Um homem bonito - Caio Castro e meu pai com certeza (risos kkkkkk)

Imprensa -. Divulgação

Amor -  Move montanhas

Amizade - Família, de verdade e pra sempre.

Deus  - Fé e acreditar

Seleção brasileira - Sonho

O que você mais gosta - Ganhar

O que mais detesta  - - Perder

A cesta mais certeira de sua vida - Conseguir estudar em escolas de referências por causa do basquete.

Paloma uma mensagem - : "Trabalhe duro e em silêncio. Deixe que o seu sucesso faça barulho!" As pessoas sempre duvidaram de mim e isso com certeza foi e é minha maior inspiração pra evoluir cada vez mais.

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