ENTREVISTAS

MELISA GRETTER, DO CORINTHIANS/AMERICANA, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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MELISA GRETTER , 22 ANOS, 1,60 M DE ALTURA NATURAL DE RAFAELA, NA ARGENTINA

Quando não gostaria de ver num  belo dia de Primavera, ou de qualquer outra estação,  a beleza de um cisne num lago azul e deixando a água seus efeitos cintilantes em cada deslocamento da linda ave. Se não temos tudo isso, mas temos uma quadra de basquete que pode muito bem representar um lindo lago e as jogadoras são  os enfeites reluzentes que tornam o lago mais lindo ainda.

            Melisa Gretter ao entrar na quadra é como um desses cisnes; ela desliza na quadra, num bailado espetacular e usando a bola ou sem ela, faz o espetáculo tornar bem mais atraente. Ela joga e faz sua equipe jogar como  num passo de mágica, esconde a bola que vai aparecer nas mãos de uma companheira e faz a cesta para o delírio de sua torcida.

            Melisa contrariando a tese de muitos entendidos da modalidade, tem apenas 1,60m de altura, mas é uma gigante dentro da quadra ela é dona de um basquetebol alegre, rápido e marca com bastante agressividade. Ela saiu da longínqua Rafaela, interior da Argentina e  hoje, com seus 22 anos de idade, já  teve seu grande sonho realizado: o de vestir a camisa da seleção de seu país. Veio jogar no Brasil! Chegou e já é campeã. Simpática, bonita e super atenciosa para com todos, com todo carinho atende aos seus fãs, com autógrafos e fotos e de igual maneira, atendeu a este site e gentilmente concedeu esta belíssima entrevista, onde fala de toda sua carreira, do amor ao basquete e sobretudo, do amor à família da qual sempre teve todo apoio.

Melisa, quero que fale um pouco de sua vida de atleta  desde o  começo até chegar hoje na equipe do Corinthians/Americana  e grande destaque da seleção argentina.

            Comecei jogando aos 8 anos, num clube do bairro chamado Peñarol, na minha cidade, Rafaela, que é  província de Santa Fe. Junto com meus dois irmãos mais velhos. Joguei 4 anos com equipes masculinas e depois me chamaram para jogar em equipe feminina, onde joguei dos 12 até os 17 anos, no clube Bem Hur.

            Aos 13 anos, joguei pela seleção de Santa Fe, minha província.

            Aos 14, comecei a jogar pela seleção argentina, em vários torneios internacionais, desta categoria. Quando a gente é criança, sempre sonha em vestir a camisa da seleção nacional, assim, me sinto muito orgulhosa de poder ter realizado este sonho de criança. É uma sensação  inexplicável o que sinto a vestir essa camisa.

            Meu objetivo continuava sendo melhorar e assim, aos 18 anos fui morar em Buenos Aires para jogar na equipe Union Florida,  uma das equipes mais fortes da nossa capital. Já que aí tem a melhor  competição do basquete feminino.

            Joguei no Union Florida de 2011 a 2013, onde surgiu a oportunidade de ir jogar na Espanha, junto com a Gisela Veja, joguei duas temporadas lá, na equipe Mann Filter,na cidade de Zaragoza. E sempre voltando nos recessos para jogar na Argentina.

            Este ano se deu  esta oportunidade de vir para o Corinthians/Americana, assim muito feliz de estar aqui. Uma grande equipe, com grandes jogadoras, onde sei que vou aprender muito com elas e com a comissão técnica. Porém o mais importante, é que são boas pessoas, e isso ajuda muito a gente que está longe de seres queridos, tudo se torna mais fácil de levar.

            Como já disse, estou muito feliz de poder pertencer a esta equipe.

 E quando começou a gostar de basquete?

Na verdade, desde criancinha eu já gostava de esportes. No colégio sempre tinha um esporte para praticar e eu estava lá, (rsss). Quando comecei no basquete com meus irmãos, eu gostei, mas nunca pensei que iria um dia estar vivendo todas essas experiências, a gente quando vai crescendo, vai acontecendo coisas e eu sempre dizia a minha família que sonhava jogar na seleção argentina, gostaria jogar em outros países, etc. e hoje em dia, poder estar cumprindo tudo isso, é como uma loucura, (rsss). Loucura maravilhosa, isso  está claro.

Qual é o sentimento de participar da seleção de seu país?

Fazer parte da seleção é um prazer e uma satisfação enorme. Cada concentração, cada torneio aproveito o máximo e sempre quero estar ali. Sinto-me privilegiada em poder vestir a “celeste y blanca”

Qual foi sua partida inesquecível?

Recordo de três partidas inesquecíveis: em 2011, quando ganhamos pela primeira vez dos Estados Unidos, nos Panamericanos de Guadalajara (México). Se bem que era um time universitário, mas nunca Argentina havia ganho. E bom por sorte pude fazer um grande jogo e assim, foi um jogo inesquecível.

Neste ano, no Pré-Olímpico, em Edmonton, Canadá, ganhamos do Brasil depois de muito tempo que isso não acontecía, é algo inesquecível.

E por último, aconteceu neste ano, com o clube Union Florida, na final da Superliga, onde fomos campeãs. Foi muito lindo tudo isso e já que todavía tenho a sorte de poder compartilhar este esporte tão lindo com  as amigas.

O basquete já  deixou você triste alguma vez?

O esporte tem momentos felizes e também, tristes. E como jogadora, tive momentos não tão lindos, mas o mais lindo de tudo isso é poder ter revanche sempre. Quando a gente não consegue os objetivos que se planeja, são momentos tristes.

Como é o basquete feminino no seu país? As competições, o apoio, a torcida...?

O basquete feminino da Argentina não é profissional, é amador. Se bem que com a Superliga deste ano, procurou elevar o nível, para as jogadoras que vivem na Argentina, jogar basquete é um hobby que fazem, além de seus estudos ou trabalho. Tomara que continuam apostando no basquete feminino e continue  crescendo ao correr dos anos

(Superliga: torneio que se realizou este ano, onde foi permitido ter duas estrangeiras por equipe)

Como é jogar em Americana e como você vê o basquete brasileiro?

Jogar em Americana é muito lindo e como já disse, estou muito contente de poder estar vivendo esta experiência, compartilhar a quadra com grandes jogadoras, isso vai me ajudar a continuar crescendo e melhorar como jogadora. E quanto à torcida, recebo muito carinho dela. As pessoas aqui são fanáticas.

Quais são seus planos para a próxima temporada? Gostaria de continuar jogando no Brasil?

Na verdade, não sei dos planos para a próxima temporada. Por agora é viver e estar ao máximo e tratar de conseguir todos os objetivos que a equipe planeja.

Como foi chegar ao Brasil e já ser campeã?

Chegar  e ser campeã duas vezes é maravilhoso. A gente sempre quer ganhar e se prepara da melhor maneira para poder conseguir isso. Na verdade, estou muito feliz.

E sua família?  Fale um pouco sobre ela

Minha família é meu pilar fundamental para poder estar conseguindo tudo isso. Foram e são os que sempre me apoiaram é todo isso. Foi ela que me bancou quando muita gente dizia como eu podia jogar em time de homens.

Minha família está na Argentina, na minha cidade. Eles estão muito felizes assim como eu por tudo que estou vivendo.

Gosta de basquete e eu comecei jogando com meus irmãos, depois, um deles parou e o outro continua jogando num clube de lá, a minha cidade de Rafaela.

COMPETIÇÃO DE TRÊS PONTOS

Uma cidade – Rafaela, minha cidade. Gostaria de conhecer Veneza

Um país – Espanha

Prato preferido – Milanesa com purê

Um sonho realizado – Jogar na seleção de meu país

Um sonho a realizar – Jogar uma Olimpiada. E também jogar na WNBA

Imprensa – Internet e rádio

Deus – Católica

Seleção argentina – Minha  maior conquista

O que mais gosta – Ouvir  músicas, juntamente com amigas/os.

O que mais detesta – Pessoas superficiais e materialista.

Melisa, quero que deixe uma mensagem para meus leitores

Que a pessoa que joga basquete aproveite o que está fazendo. Aproveite cada momento para crescer como jogadora e como pessoa. E nunca deixe de divertir  também.

  OBS:  Fotos CHUÁ MARCOS

Fotos com a camisa da Argentina são do arquivo da jogadora

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Entrevista na íntegra

1-         Marcos -  Melisa , quiero que tú hables un poco de tu vida de atleta, como jugadora de basquet, desde cuando el comiezo, como jugadora niña, hasta llegar hoy al equipo de Corinthians/Americana  y grande destaque de la  seleción Argentina

Empece jugando a los 8 años en un club de barrio llamado Peñarol en mi ciudad (Rafaela, Santa Fe), junto con mis 2 hermanos mayores. Jugue 4 años con varones, y luego me fueron a buscar de un club de mujeres, donde jugué de los 12 hasta los 17 años en el club Ben Hur.

A los 13 años empece a representar a la Selección de mi provincia (Santa Fe).

A los 14 años empece a representar a mi país, con la Selección Argentina en diferentes torneos. Uno cuando es pequeño siempre sueña con poder vestir la camiseta de su país, asi que me siento muy orgullosa de poder hacerlo. Es una sensación inexplicable la que se siente al vestirla.

Mi objetivo seguía siendo mejorar asi que a los 18 años me fui a vivir a Buenos Aires para jugar en el equipo de Union Florida, uno de los equipos mas fuertes de Bs As ya que ahí se encuentra la mejor competencia en cuanto al básquet femenino. Jugue en Union Florida del 2011 al 2013 donde me surgio la posibilidad de ir a jugar a España junto a Gisela Vega. Jugue dos temporadas ahí, en el equipo Mann Filter (ciudad, Zaragoza) siempre volviendo en los recesos para jugar en Argentina.

              Este año se dio esta oportunidad de venir al Corinthians/Americana, asi que muy contenta de estar aca. Un gran equipo, con grandes jugadoras donde se que voy a aprender mucho ellas y del cuerpo tecnico. Pero lo mas importante, es que son buenas personas, asi que eso ayuda a que uno que esta lejos de sus seres queridos todo sea mas fácil de llevar. Como ya dije, muy feliz de poder pertenecer a este equipo.

 2 –   Y cuando empiezó le gustar el basquet?

La verdad que desde chiquita ya me gustaban los deportes. En el colegio siempre que había para hacer algún deporte, siempre estaba ahí jaja. Y cuando empece básquet con mis hermanos me gusto, pero nunca pensé que iba a estar viviendo todas experiencias. Uno cuando va creciendo, se le van ocurriendo cosas, y yo siempre les decía a mi familia que me encantaría jugar en la Selección Argentina, que me gustaría jugar en otros países, etc. Y hoy en dia poder estar cumpliéndolo, es como una locura jaja Locura hermosa eso esta claro.

3 –  Cual es el sentimiento de participar de la seleción de tu pais?

Ser parte de la Selección es un placer y una satifaccion enorme. Cada concentración, cada Torneo lo disfruto al máximo, y siempre quiero estar.  Me siento una privilegiada en poder vestir la celeste y blanca.

 4 – Cual fue el  tu partido inolvidable?

Recuerdo 3 partidos inolvidable:  en el 2011 cuando le ganamos por primera vez a Estados Unidos en los Panamericanos de Guadalajara (Mexico). Si bien era un equipo mas universitario, pero nunca Argentina lo había logrado. Y bueno por suerte pude tener un buen partido en cuanto a lo personal, asi que fue un partido inolvidable.

Creo que este año en el Pre Olimpico en Edmonton (Canada), donde logramos salir 3eras. Haberle ganado a Brasil después de muchísimo tiempo que no pasaba, es algo inolvidable.

Y el ultimo también fue este año, con el Club Union Florida en la final de la Superliga donde salimos campeonas. Fue muy lindo eso, ya que todavía tengo la suerte de poder compartir este deporte tan lindo con amigas.

5 – Yá quedaste triste alguna vez con el basquet? Cuando?

El deporte tiene momentos felices, y también tristes. Y si como jugadora tuve momentos no tan lindos, pero bueno lo lindo de esto es poder tener revancha siempre. Cuando uno no logra los objetivos que se plantea, son momentos tristes.

6 -  Como es el basquet femenino de tu país? Las competencias, el apoyo, la torcida

El básquet femenino en Argentina no es profesional, es amateur. Si bien con la Superliga de este año se busca elevar el nivel, para las jugadoras que viven en Argentina, jugar al básquet es un hobby que hacen mas alla de sus estudios o trabajos. Ojala sigan apostando al básquet femenino y siga creciendo con el correr de los años.

(Superliga: torneo que se realizo este año, donde permitían tener 2 extranjeras por equipo)

7 Como  es jugar en Americana y como mira el baquet brasileño?

Jugar en Americana es muy lindo, y como ya dije muy contenta de poder estar viviendo esta experiencia. Compartir cancha con grandes jugadoras, eso me va a ayudar a seguir creciendo y mejorar como jugadora. Y en cuanto a la torcida, se reciba mucho cariño. La gente aca es muy fanatica.

8 Cuáles son tus planes para la próxima temporada? Te  gustaria seguir jugando en Brasil?

La verdad nose los planes de la próxima temporada. Por ahora vivir esta al máximo y tratar de lograr todos los objetivos que se plantee el equipo

9 – Como fue llegar a Brasil y yá ser campeona?

Llegar y haber salido campeona 2 veces ya, es muy lindo. Uno siempre quiere ganar, y se prepara de la mejorar manera para poder lograrlo. Muy contenta la verdad.

PELEA DE TRES PUNTOS

 Una ciudad- Rafaela, mi ciudad . Me gustaría conocer Venecia

 Un país : España

 Plato preferido (comida que más le gusta) Milanesa con pure

 Un sueño ya hecho (realizado) Ser parte de la Selección Argentina

 Un sueño a realizar - Jugar una Olimpiada.

                               Y en lo personal llegar a la Wnba

  La prensa  internet y radio

 Dios : católica

 Seleción argentina : mi mayor logro

 Lo que más te gusta : Escuchar música, juntarme con amigas/os

 Lo que más detesta- : la gente superficial y materialista

Mwlisa, quiero que dejes una mensage para quien gusta el basquet que la gente que juega al básquet disfrute de lo que haga. Que aproveche cada momento para crecer como jugadora y como persona. Y que nunca deje de divertirse.

Gracias Melisa por tu tan amable atención y maravillosa entrevista

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