ENTREVISTAS

PIOVESAN, SUPERVISOR DE ARBITRAGEM DA CBB, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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José Augusto Piovesan Neto

Um moço de Casa Branca (SP), professor, licenciando em Educação Física, árbitro de basquete, categoria internacional, árbitro olímpico, profissional querido, competente e respeitado. Hoje, é o Supervisor de Arbitragem da CBB.

         Todo esse seu currículo profissional, pode-se dizer que é pouco perto do ser humano que é.

Carismático, amigo, e já se vão bem mais que uma década, o dia que me aproximei dele para pedir um autógrafo. Não só ganhei o autógrafo, mas, um amigo. Amigo com quem aprendi sobre o que mais gosto que é o basquete, fiz cursos de arbitragem simplesmente para aprender um pouco mais. Agora na área do jornalismo especializado, meu grande sonho, foi aos poucos, ganhado altura e não faltando a ajuda do amigo, divulgado meu trabalho e bem antes do final da década passada, meu maior sonho realizado: cobrir um MUNDIAL DE BASQUETE, o que aconteceu em 2006. E eu, que nunca fui jogador de basquete, mas um dos maiores apaixonados por esta modalidade e meu objetivo maior ao entrar para o mundo do jornalismo, é divulgar o nosso querido esporte da cesta, e hoje realizo mais um grande sonho: ter um site especializado em basquete!

         Este grande profissional e amigo é José Augusto Piovesan Neto, que hoje faz uma estréia no site em uma bela entrevista.

 Piovesan, você assumiu recentemente o cargo de Supervisor de Arbitragem da CBB, como esta sendo realizado este novo trabalho e quais suas áreas de atuação?

Primeiramente quero dizer que estou muito honrado por sua escolha. Reitero minha admiração por seu trabalho e digo publicamente que você é um dos maiores profissionais da imprensa com quem trabalhei nos meus 30 anos na função de arbitro internacional.

Com toda a certeza, afirmo que o sucesso do departamento de arbitragem da CBB, se deve á parceria, ao trabalho conjunto, à confiança mutua e irrestrita, e ao amor de irmão entre eu e o Marcelo Gomes, Coordenador de arbitragem da CBB..

 

  Assumi a supervisão de arbitragem da CBB á um ano e minha área de atuação é:-  Liga nacional masculina e feminina, onde trabalhamos em conjunto com as coordenações das mesmas, para a manutenção, fortalecimento, e crescimento continuo da arbitragem brasileira, que prova dia a dia que é uma das melhores do mundo.  Ministro clinicas de atualização e de promoção para novos árbitros nacionais em todo o Brasil.  Também, junto com Marcelo, trabalhamos com árbitros de todas as  federações pertencentes á Confederação, nos Jebs. Finalmente ministro palestras para as seleções brasileiras para  se interarem dos critérios da arbitragem internacional.

 

 

 

    Como você está vendo o perfil da arbitragem de hoje?

- Hoje a arbitragem brasileira está mesclada com árbitros experientes e com grande bagagem internacional e com os novos talentos, árbitros nacionais e recém internacionais que serão burilados e trabalhados para formarem uma nova geração tão ou mais forte que a atual.

 

 

    Esse trabalho de cursos e avaliações não só nos grandes centros do basquete do país, mas sim nos mais longínquos pontos do Brasil não estão sendo esquecidos. Como vê o progresso de nossa arbitragem nesses rincões?

 

Fora do eixo sul, a arbitragem passa por muitas dificuldades, mas as federações com seus abnegados presidentes estão fazendo tudo que podem para a melhoria real do árbitro. Fazendo clinicas e sediando campeonatos de base, e mandando seus oficiais para campeonatos fora de seu Estado. O crescimento é notório, haja visto que o Espírito Santo tem hoje o Primeiro arbitro Internacional de sua historia.

 

 

    Como é divida a tarefa entre você e o Marcelo Ávila?

A nossa vantagem, o nosso segredo é que somos 2 em 1 só.  Fazemos tudo junto e em comum acordo. E como você bem sabe, trabalhamos com a Verdade e a Transparência, aliadas à nossa capacidade e experiência. Juntos somos professores de educação física, temos mestrado, doutorado, campeonatos brasileiros, sul-americanos, mundiais e Olimpíada e 50 anos de experiência dentro da quadra.

 

Quero que fale um pouco de sua vida em que atuava dentro das quadras, ou seja, apitava.

 Quando apitava era totalmente diferente, pois preparados em todos os sentidos temos que estar sempre, mas cumpria a minha escala de jogos e pronto; agora nesta função trabalhamos 12 horas por dia. 

 

     Trabalhar em jogos masculinos, femininos, qual a diferença e pode citar alguns fatos inusitados que você presenciou?

A responsabilidade é a mesma. Mas o feminino é mais tranqüilo, pois, elas são mais delicadas. Na final dos jogos abertos do interior, jogando Piracicaba x Sorocaba; Paula x Hortência; estava apitando com o arbitro internacional Sergio

Pranchevicius. Estava chovendo, a quadra molhada e o Pranchevicius levou um tombaço e a Maria Helena e sua assistente Heleninha, gritaram: ¨Seu Sergio, vem até nosso banco, para ser atendido pelo fisioterapeuta¨ Ele se levantou e foi mancando para o banco, quando chegou, as duas o agarraram pelo braço e pela camisa e começaram a reclamar acintosamente de sua arbitragem. Ele voltou mancando e dando falta técnica. O ginásio quase veio abaixo. O final foi uma grande festa e o Prancha ficou famoso, pois, o jogo estava passando ao vivo pela TV.

 

     Hoje, para um jovem que quer ingressar na carreira de árbitro, qual é o caminho? E para chegar até o topo, ou seja, árbitro internacional?

 O inicio é fazer o curso em sua federação nacional. Depois vai depender de sua capacidade, aquele algo a mais que todos os profissionais diferenciados tem, disponibilidade,  dedicação, estudo, fazer Inglês, e objetivo muito forte de chegar

á elite, o que realmente é muito difícil. O nosso trabalho é também dar chances reais aos árbitros de todo Brasil para que possam mostrar suas capacidades.

 

     Recentemente, você fez palestra para as seleções brasileira de base, na cidade mineira de São Sebastião do Paraíso, onde tive a oportunidade de participar, como você vê esta cidade com seu  belo ginásio, no contexto do nosso basquete?

O centro de treinamento de São Sebastião do Paraíso é fantástico, com toda a estrutura do mais alto nível.

 

 Qual foi sua emoção ao apitar na Olimpíada de Atlanta?

Foi a emoção de atingir o mais alto nível de um arbitro de basquete. Apitei a abertura, Japão x China, passou ao vivo na Bandeirantes para o Brasil, e ficava imaginando o que minha querida mãe, que estava doente, estava sentindo naquele momento. Ela esperou a minha volta de Atlanta, para ir para a outra vida. Como diria o Rei Roberto

1996 foi um ano de muitas emoções inesquecíveis.

 

 Cite um ou mais momentos dos mais marcantes de sua carreira até hoje?

Apitar a final  masculina do Pan-americano de Cuba-92, onde o Brasil seria campeão feminino contra Cuba, com o ginásio totalmente lotado e o Presidente Fidel Castro presente. O mundo inteiro assistia.

 

 Como você vê imprensa na divulgação do basquete e principalmente da arbitragem?

 Infelizmente vejo muita pouca divulgação da imprensa em relação ao basquete, e em relação a arbitragem é muito pior. Só publicam alguma matéria quando dá problemas sérios nos jogos. Por esta razão que blogs e profissionais como você, que levam a noticia aos apaixonados do basquete no dia a dia, são conhecidos e adorados por todos os atletas, árbitros e torcedores.

 

 

 Alguns anos atrás, numa entrevista, eu perguntei a você, o que pretendia fazer depois de deixar a arbitragem. Lembro-me que me disse poder ajudar para que a arbitragem do Brasil continuasse sendo umas das melhores do mundo. Hoje, pelo que vejo você está realizando este sonho. Agora me conte qual seu próximo sonho a realizar?

 

Num futuro próximo, ter mais tempo para minha família, que é meu alicerce.

 

 Quero agradecer por tudo que fez e continua fazendo pelo nosso basquete e por mim, que sempre me divulgou bastante e por mais uma entrevista. Quero que deixe uma mensagem para os meus leitores.

  Quero dizer aos seus assíduos leitores de todo o Brasil, que é uma felicidade e um orgulho ser seu amigo, e poder conviver com você como profissional e como ser humano. Você é uma Unanimidade. Este é o maior posto que um ser humano e um profissional pode chegar. Parabéns

 

COMPETIÇÃO DE TRÊS PONTOS

Uma cidade - Batatais

Um país - Brasil

Um livro - Príncipe encantado

 

Uma música - A praça

Um filme - Ghost

Uma cor - Vermelho

 Prato preferido - Churrasco

Deus -  O Ser superior

 Um sonho realizado - Ser um dos melhores arbitros do mundo

 

Um sonho a realizar - Talvez, um dia, voltar a apitar, num nivel ainda melhor

 

Uma mulher bonita - Fabiana, minha esposa

A cesta mais certeira de sua vida  - Minha filha Bruna

 

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