ARIEL RODRIGUES, TÉCNICO DO XV DE PIRACICABA, CAMPEÃO PAULISTA FEMININO, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA
Ele começou praticando vários esportes, mas quando chegou ao basquete, “veio para ficar”. Jovem, estudioso do basquete, sempre trabalhando para o engrandecimento do esporte em sua cidade natal: Piracicaba! Que todos nós amamos tanto, cheia flores, cheia de encantos, cheia de basquete e sobretudo, de gente maravilhosa, como é meu entrevistado de hoje, Ariel
Ariel, quero que você fale um pouco de sua carreira dentro do basquete, quando começou até chegar hoje, conquistando um importante título para Piracicaba
Comecei como “jogador” aos 8 anos de idade no Cristóvão Colombo/Piracicaba e tive uma passagem rápida pelo XV de Piracicaba e após a trajetória como jogador iniciei em 2001 a minha carreira com técnico no próprio clube que comecei a jogar. Nesse começo trabalhei com categorias de base do basquetebol masculino e em 2007 trabalhei na UNIMED/Americana como preparador físico da equipe juvenil e adulta feminina. Em 2008 fui convidado a trabalhar no Clube de Campo de Piracicaba (CCP) e retornei ao basquetebol masculino com categorias de base, sendo que esse ano, contamos com jovens desde a escolinha até o sub 19. Nesse ano (2013), no mês de maio, recebi o convite do secretário de esportes, Pedro Mello, para dirigir a equipe adulta do XV de Piracicaba e aceitei. Um fato que também não posso deixar de relatar e que com certeza me auxilia no meu desempenho profissional é que por alguns anos e ainda quando possível, sou árbitro de basquete.
Nos anos, 50, 60, 70, Piracicaba viveu uma época de ouro do nosso basquete, tanto no masculino como no feminino, com nomes que se eternizaram como Wlamir Marques, Pecente, o Waldemar Blatkauskas, hoje, nome de ginásio, Maria Helena, Heleninha e Delcy, entre outros nomes, como você vê o atual momento do basquete piracicabano?
Se compararmos o momento atual, com esses momentos e também aos anos 80 e 90, com equipes que adquiriram grande visibilidade no senário nacional é notória a diferença de investimentos. Torna-se difícil saber todas as razões dessa queda no basquetebol piracicabano que já chegou até a possuir nos anos 90, duas equipes femininas defendendo Piracicaba. Mas com certeza a falta de apoio é uma delas.
O que representa este título para você e para a cidade?
Após o título do paulista da primeira divisão percebi que uma conquista dessa, faz o povo piracicabano relembrar de momentos de glória do passado e o basquete feminino passa a ser assunto nos principais meios de comunicação. A grande repercussão desse título creio que também seja resultado dos títulos dos jogos regionais e abertos que ganhamos esse ano de forma invicta e isso faz a cidade acreditar que um bom trabalho vem sendo feito.
Para mim, acima de tudo, representa que o trabalho foi bem feito, pois sei das dificuldades que enfrentei desde o início. Representa também o crédito que as meninas me deram, pois se elas não acreditassem no meu trabalho, não conseguiríamos, pois sei que no basquete, sozinho não chego a lugar nenhum.
Qual foi sua partida inesquecível?
É difícil citar uma partida só. No paulista creio que o primeiro jogo do campeonato em São Caetano, o qual vencemos de 5 pontos foi muito importante e inesquecível, pois ali começamos a acreditar mais em nosso basquete, mas com certeza os dois jogos da final contra a mesma equipe foram marcantes. Ver a torcida gritando e torcendo, como no primeiro jogo em casa, não tem preço e emociona e no segundo jogo a sensação de dever cumprido e trabalho bem feito, também não tem preço. Peço licença para lembrar da final do jogos abertos contra Jundiaí que foi com certeza uma das partidas que também não vou esquecer.
Qual o perfil de sua equipe?
De forma simples e resumida é uma equipe jovem, versátil e com muita vontade de trabalhar para vencer.
O basquete já deixou você triste alguma vez?
O basquete nunca me deixou triste e sim o que me deixa triste é quando pessoas do meio têm atitudes que vão contra o desenvolvimento do esporte, das quais me deparei várias vezes em minha carreira.
Qual sua maior conquista?
Cada conquista tem sua importância e marca um momento, mas com certeza os títulos dos jogos abertos e do paulista desse ano foram os mais relevantes.
Como viu o nível desta competição e o que está faltando para nosso basquete feminino crescer mais?
O nível foi bom, mas o que assusta é número de equipes que vem disputando os campeonatos de basquetebol feminino. Creio que a surgimento de equipes de outros estados, como a de Recife (Pernambuco), Maranhão e Brasília, assim como resultados mais expressivos da seleção nacional, possam contribuir para aumentar a visibilidade e atrair mais investidores e que isso traga consequentemente um crescimento do esporte em diferentes vertentes.
Os planos para a próxima temporada
Um dos princípios que adoto é de sempre estar em evolução e buscar novos desafios e para isso sempre é necessário dar um passo de acordo com o tamanho da perna. Para tanto, a ideia para 2014 é participar do paulista A2 no primeiro semestre e conquistar uma vaga para a elite do basquete feminino paulista.
Fale de um fato inusitado acontecido com você, dentro do basquete?
Inusitado é pensar que passei por muitos esportes na minha “criancice”, como futebol, judô, caratê e natação, para depois largar todos e chegar ao basquete e ficar. Inusitado é pensar que prestei vestibular na maioria das faculdades para odontologia e entrei em educação física. Inusitado é pensar que quando entrei na faculdade de educação física não passava na minha cabeça ser técnico de basquete e me tornei.
Inusitado é pensar em tudo isso e lembrar onde estou hoje e a alegria e satisfação que sinto quando “faço” basquetebol. Creio que seja o destino.
COMPETIÇÃO DE TRÊS PONTOS
Uma cidade Piracicaba que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos....
Um país - Brasil
Prato preferido - Prato?? Churrasco vale??
Um sonho realizado - Um sonho realizado? Não tenho...mas vários.
Uma família que eu amo, uma esposa que eu amo, uma profissão que eu amo e um Deus que torna isso possível.
Um sonho a realizar -Deixa a vida me levar, vida leva eu.....
Um ídolo no basquete –Michael Jordan... Arrepia... kk
Uma mulher bonita - Minha Esposa...rs... Famosa - Paola Oliveira
Seleção brasileira - 1994 – O que dizer desse ano? Eu era novo, mas ainda lembro com saudades....
Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino.
Seleção Brasileira de Futebol Masculino (Me desculpe se fugi do esporte)
O que você mais gosta - Putz... Muitas coisas... Coisas inusitadas? Samba, forró e dançar um pouco também...kk
O que mais detesta - Má vontade, para não dizer outras coisas... E Brasilzão!!!
A cesta mais certeira de sua vida - Escolher o basquete... Ou foi o basquete que me escolheu?
Ariel, quero que deixe uma mensagem para meus leitores Não quero ser saudosista, mas agradeço a todos que fizeram parte de minha vida até o momento...
Uma coisa eu sempre levo comigo e queira deixar com vocês... Independente do que você faça, Independente do que você recebe para fazer isso e Independente das dificuldades, Faça bem feito, Faça com empenho e Faça dar certo... Acredite...
Abraços a todos,
Ariel Rodrigues.