COBERTURAS

TORNEIO FERNANDA BELING E A BASE DO NOSSO BASQUETE FEMININO – OPINIÃO

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Venho cumprimentar os idealizadores deste Torneio Interestadual Fernanda Beling por tudo; a cidade de Varginha sempre trabalhou, teve e tem tradiçoes no basquete feminino e o Varginha Tênis Clube, mais uma vez, realiza um grande evento. Cidades como Poços de Caldas e Santa Luzia onde verdadeiros amantes do basquete feminino e sonhadores em ver este esporte em destaques e atuando às vezes, contra tudo e contra todos, mas com o ideal de educar e formar através do esporte.

            A feliz ideia de trazer outro estado para participar desta festa e o escolhido foi o Rio de Janeiro. Com certeza, gostariam de convidar mais estados, mais equipes, mas como as coisas não são nada fáceis, principalmente quando se fala no feminino. Acredito que o convite para Vila Isabel, foi o coroamento para se obter um êxito para quem luta e sonha com um futuro melhor ou até mesmo, a própria existência na modalidade no nosso meio. Se a Mangueira que sempre trabalhou para formar atletas, hoje ela está invertendo um pouco e procurando atletas formadas, enquanto que a Vila Isabel, vem trabalhando em seus projetos sociais e abrigando uma equipe de crianças que um dia o todo glorioso Botafogo de Futebol e Regatas, desprezou.

            Três dias de jogos, com equipe jogando até dois jogos no mesmo dia, mas é a luta para poder fazer um torneio e para ter jogos...

            Trazer um árbitro internacional para apitar os jogos, até parece que estou abusando dos “pleonasmos”, mas não, é comum um profissional ir a um evento de sua área, mas só a passeio, isso acontece muito no Brasil.

            Davi Geovani de Souza, árbitro de categoria internacional, também, um grande destaque do evento e foi para trabalhar e muito trabalhou. Um feliz reencontro com os amigos, organizadores a Claudia, a professora Silvia, Jaime, a minha amiga, hoje treinadora Renata Oliveira, a Tata, enfim somente o basquete pode proporcionar tudo isso.

            Peço licença para todas as atletas participantes para citar um nome de uma neste momento, gosto e ainda vou cita os nomes de todas porque vocês fazem o basquete existir. Tenho uma amiga que conhecemos há vários anos, somente através das redes sociais, e nesta competição, tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente: Anna Julia, atleta de 12 anos, que atua pela AA Vila Isabel.

            A equipe carioca, como já disse, foi a grande campeã, seguido por Santa Luzia, Varginha e Poços de Caldas, mas o grande vencedor foi o basquete feminino e toda essa comunidade que não mediu esforços para a realização deste maravilhoso evento.

            Problemas, imprevistos, claro que existiram como acontece em qualquer evento, mas, com certeza, alheios à vontade dos organizadores. Problemas que foram pequenos perto dos esforços de todos e principalmente, dos pais e dos pais que viajaram do Rio de Janeiro, especialmente para esses jogos.

            O ginásio estava lotado?

- Não.

            Mas quem compareceu foi por um verdadeiro amor á modalidade e que muito ajudou na formação das meninas-atletas e ver “de perto” como é nosso basquete feminino, em sua base. Agradeço aos pais que apoiam o basquete feminino, bem como os presentes que deram um grande presente ás filhas com suas presenças.

            Quem faltou?

Se nossos governantes ou representantes legítimos, não puderam comparecer, é lamentável porque assim saberiam de fonte limpa, o que mais falta ás nossas crianças, e ao nosso esporte. Digo sempre, que o dia que nossos dirigentes, em todas as esferas, descobrirem que o esporte é o meio mais fácil de educar nossas crianças, o Brasil será um grande país.

            Que pena a TV não ter comparecido para mostrar para todos, como é formar uma equipe de basquete.

FERNANDA BELING

            Que pena, a grande atleta mineira, Fernanda Neves Beling, não ter comparecido ao torneio que levou seu nome, Fernanda, mineira de Belo Horizonte, sempre teve orgulho de defender a seleção mineira, mesmo jogando em outro estado. Jogadora da seleção brasileira, com certeza teria e tem muito a passar para nossas crianças que gostam de basquete.

            Tenho certeza, que sua ausência, foi um fato alheio à sua vontade, mas com certeza, ela irá ainda muito ajudar o basquete brasileiro, com sua presença, por onde for.

            Na Copa América de 2008, tive a honra de ter uma foto ao lado dela e hoje, essa honra, ficou por conta de uma foto ao lado de uma “velha” amiga de 12 anos, que muito ama o basquete, assim com todos nós.

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