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05/10/2013

A PROBLEMÁTICA DA QUALIDADE TÉCNICA NO BASQUETE FEMININO E AS JOVENS JOGADORAS - OPINIÃO

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A problemática da qualidade técnica no basquete feminino e as jovens jogadoras

Por Patrícia Santana*

Em março deste ano, o técnico Luiz Augusto Zanon foi escolhido pela Confederação Brasileira de Basquete para comandar a seleção feminina do Brasil com o intuito de renovação do elenco e tendo como objetivo principal as Olímpiadas de 2016 no Rio de Janeiro.

Na sua primeira convocação, Zanon chamou 14 jogadoras com idade entre 20 e 24 anos para treinamentos, jogos amistosos na China, Estados Unidos e também a disputa do Sul-americano na Argentina. Para os treinamentos e jogos amistosos de preparação para a Copa América, convocou  jogadoras jovens, incluindo quatro revelações da seleção sub-19, Isabela Ramona, Maria Carolina, Izabella Sangalli e Vanessa Gonçalves, além das  veteranas Adrianinha, Karla e Chuca todas com 34 anos.

Passados seis meses entre jogos amistosos e os campeonatos Sul-Americano e Copa América,  conclui-se que a formação de base no Brasil é ruim.

A formação principal de boas jogadoras vem desde categorias inferiores sub-13, sub-15 e sub 17 e são nessas etapas que ocorrem falhas nos ensinamentos de fundamentos do basquete. Se uma jogadora considerada experiente não consegue ter um aproveitamento de em lance livres acima de 50% ou comente mais de 4 tornouves  por jogo, de onde vem tanta discrepância? Será que o erro está em alguns treinadores da base em só se preocupar  em passar instruções táticas de jogo? A principal formação das jogadoras brasileiras está nos clubes e não nas seleções de base, afinal a maior parte do tempo de preparação elas passam treinando e jogando em seus times.

Durante os jogos do Brasil, na final do sul-americano e de todos os jogos da Copa América,  observamos várias jogadoras novas que praticamente não possuem técnicas básicas como, por exemplo, assistências, dribles ou posicionamento dentro do garrafão.  É notório  a ausência de público nas partidas do campeonato paulista. Durante os jogos dos principais clubes brasileiros (Santo André, Americana, São José e Ourinhos), pode-se constatar uma média de 100 pessoas assistindo aos jogos ou até muito menos que isso. Lembremos também o amistoso Brasil e Canadá em São Carlos, não mais que 80 pessoas assistindo a seleção brasileira, o que talvez seja um dos motivos  pelos quais a  ESPN não transmita todo o campeonato, somente  as finais. Depois de ler vários posts de sites especializados em basquete e de seus comentários de pessoas que gostam desse esporte, conclui-se que o desinteresse e  a ausência de público vem da queda da qualidade técnica de suas jogadoras. A quantidade de erros como air ball, passes errados, andadas, lance livres errados,  por jogo é gritante. Como então mudar essa realidade ? O clamor principal de todos nós que gostamos muito desse esporte (culpa da Paula, Hortência e Janeth) é a renovação . Talentos essas jovens possuem, mais falta oportunidade de jogos para que elas sejam aprimoradas.

Jogadoras da seleção sub-19 (6° colocação no último mundial) e que tiveram uma boa participação nesse campeonato, principalmente Isabela Ramona, cestinha do mundial, estão aí em seus clubes para serem aproveitadas, mas, como verifica-se nas estatísticas do site da FPB, elas pouco atuam em partidas do paulista feminino.

Estela Arantes , Carolina Ribeiro de São José não foram aproveitadas  até agora pela seu  técnico Carlos Lima, assim como Izabella Sangalli  de Americana cestinha do paulista sub-19 com média de 18 pontos atuou em 3 jogos com aproveitamento de quadra de apenas  um minuto e cinquenta segundos. Outro destaque da seleção sub-19 no mundial da Lituânia, Maria Carolina também de Americana em 4 jogos do adulto paulista atuou 42 minutos e sessenta e um minutos.

Portando não queremos aqui dizer que as jogadoras veteranas devam ser colocadas de escanteios em seus times, mas apenas queremos ver as novas atuarem um pouco mais do que vem jogando, minutos a mais apenas, afinal de contos amamos muito esse esporte e só queremos ver de volta os ginásios cheios, equipes com fortes patrocínios e TVs abertas (ou até mesmos a fechadas) transmitindo muitos jogos como foi na era Paula, Hortência e Janeth.

*Patrícia Santana é colaboradora deste site

Na foto - Maria Carolina de Americana

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