NOTÍCIAS

09/04/2020

ITUANO EM NOTÍCIAS: JOICE RODRIGUES: MÃE E ATLETA CAMPEÃ

.:: ituano_em_noticias_joice_rodrigues_mae_e_atleta_campea_44044_1_pt.jpg ::.

O número 11 que Joice Rodrigues, armadora do Ituano Basquete, traz na camisa, indica a idade com que ela começou na modalidade, em Bauru, interior de São Paulo, cidade onde nasceu e foi criada.

A armadora foi levada ao esporte por uma prima e chegou a treinar também handebol e vôlei. Enquanto a prima optava pelo vôlei, Joice se apaixonou pelo basquete e seguiu nas aulas da professora Renata. Em 1998, passou a treinar no time mirim do Bauru Tênis Clube (BTC), sob o comando de Cesamar Miranda, seu primeiro treinador.

A atleta recorda que, em um certo ano, a mãe não poderia comprar para ela, de presente de Natal, os patins que eram moda na época, mas o que recebeu foi ainda mais especial. “Minha mãe não tinha condições de comprar [os patins], tinha acabado de se separar do meu pai, mas eu pedi uma bola de basquete. Ela comprou só a bola, porque não tinha condições de comprar o aro e a tabela, então eu fazia a placa com o nome da rua, no meu vizinho, de cesta; toda hora eu estava lá, batendo bola no muro dele e acertando a placa”, conta Joice.

A atleta afirma que nunca se perguntou se iria seguir carreira no basquete ou não, mas nunca passou por sua cabeça fazer outra coisa. Não teve receio de precisar se afastar das quadras nem mesmo quando se tornou mãe aos 16 anos: “minha mãe achou que eu não voltaria [a jogar], ainda abalada por eu ser mãe muito nova e ela avó, mas não foi um bicho de sete cabeças, conseguimos todos juntos criar o Felipe; o pai dele foi um super pai”.

A atleta jogou até os quatro meses de gestação, mas como as colegas e adversárias tinham receio de marcá-la, decidiu que seria melhor ficar na torcida e continuou treinando apenas os arremessos. Após o nascimento de Felipe, voltou a competir e jogou as finais do campeonato que havia começado naquele ano.

Joice permaneceu em Bauru até os 18 anos, quando se mudou para jogar em São Bernardo. Apesar da saudade constante, sabia que o filho estava em boas mãos, o que lhe dava tranquilidade para permanecer nas quadras. “Na época, meu filho tinha 4 anos, foi difícil, mas o pai dele não me privou de nada, cuidou hiper bem dele. Eu sempre falava com meu filho e toda folga, eu voltava para casa para ficar perto deles”, afirma ela.

Pela Seleção Brasileira - cuja relação da atleta começou aos 14 anos, ao ser convocada pelo atual técnico do Galo, Antônio Carlos Barbosa, para a categoria cadete -, foi convocada pela primeira vez para a equipe adulta em 2012, para disputar as Olimpíadas de Londres, na Inglaterra. Em 2016, esteve também na delegação que disputou os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A atleta registra a

Joice, que considera como seu diferencial sua “visão de jogo”, sempre atuou como armadora, mas também como lateral, e reconhece que “cada posição tem um tipo de exigência: ser armadora tem que ser ‘cérebro’; ser lateral entra mais a característica de explosão”.

Questionada sobre um momento especial de sua carreira, a rubro-negra fala, justamente, de uma conquista com a camisa do Ituano. “Todos são especiais, todos tem um momento, uma hora para acontecer; mas tem um inédito que hoje faz parte de mim: ter dado o primeiro título de esporte coletivo pra cidade de Itu nos Jogos Abertos, em São Carlos, em 2018, me marcou muito”, afirma a atleta que hoje reside na cidade.

Apesar de já ter pensado sobre, Joice não tem intenção de parar de jogar, diz que “não senti na alma esse pensamento, o amor fala mais alto”. Mesmo assim, tem planos para quando concluir a carreira esportiva e faz um curso profissionalizante de gestão.

Com 22 anos de carreira, a atleta se mostra muito grata com todos que colaboraram na criação de Felipe e afirma que foi graças a essas pessoas que não precisou desistir do sonho de jogar basquete e chegou à Seleção Brasileira e a disputar Olimpíadas.

Quanto ao filho,Joice diz que ele entende o que ela faz, a apoia muito e dá a ela “mais gás para continuar”, mas que prefere o futebol: “ele ama tanto que estamos vendo dele fazer faculdade de educação física, para ser algo relacionado a futebol”, conta.

Ter crescido vendo a mãe no esporte, segundo ela, trouxe ensinamentos também para Felipe: “[o esporte] é uma escola, você aprende todos os princípios básicos, saber se relacionar, ouvir, obedecer, a convivência e entender a necessidade do outro. Ele [o Felipe] é fera nisso”, conclui ela.

O Ituano Basquete tem o apoio da Prefeitura Municipal e é patrocinado pela CIS, Grupo Maggi, Cobrecom, EPPO, Alvorada Supermercados, Nutriplus Alimentação, Controle Contábil e Apollo Sporthouse.

Fonte  Nathane Agostini

Assessora de imprensa do Ituano Basquete

Foto: Juca Ferreira

    • Você é nosso visitante número
      16.640.250

    • FOTOS & FOTOS

    • MARCOS DO CARMO

      Chua Marcos