Ituano Basquete em notícias: a rubro-negra que ganhou uma segunda mãe no basquete
Nascida em Reserva, interior do Paraná, Palmira é a única atleta no atual elenco do Ituano Basquete que não nasceu no Estado de São Paulo. Ainda que praticamente possa ser considerada conterrânea de suas companheiras, já que se mudou para o interior paulista por volta dos quatro anos de idade.
Foi em Matão, onde passou a morar, que começou a praticar esportes na escola. A princípio, no atletismo - em provas longas, porque nas rápidas, conta a lateral rubro-negra, sempre queimava a largada -, mas logo começou a competir também nos campeonatos escolares de basquete.
Aos sete anos, sua professora de educação física, Nadir, a apresentou a Vilma Rejane - que se tornaria sua primeira técnica e grande mentora - e, a partir desse momento, Palmira foi cativada pela bola laranja, passando a dedicar-se exclusivamente à modalidade. “Vilma, nesses campeonatos de escola, disse que viu potencial e talento em mim, então passei a treinar somente basquete e me apaixonei completamente”, conta a atleta, que defendeu a L.J. Matonense e a Sociedade Esportiva Matonense/SESI quando criança.
Com o incentivo e apoio das pessoas ao seu redor, a lateral afirma que “vi a oportunidade e abracei” de tornar o esporte sua carreira. Com isso, perto de completar 14 anos, saiu de casa para morar em Guarulhos, com Vilma - a quem se refere até hoje como sua “mãe de criação -, que foi transferida para o SESI da cidade. Tempos depois, a treinadora daria início ao projeto Apage Bask, no qual a atleta concluiria sua base.
A admiração e carinho pela mentora eram tantos que Palmira abandonou a camisa 9, da ídola Janeth, para passar a atuar com a 7, número que sua mãe Vilma vestia quando jogava e que a atleta veste até hoje.
A lateral, que sempre atuou nessa posição ou como armadora, considera o arremesso de longa distância - o dos três pontos, que costuma empolgar a torcida - seu diferencial, o que acha engraçado, porque quando mais nova, “não chutava de jeito nenhum”, mas passou a treinar muito para se aperfeiçoar. Ainda assim, o talento para esse fundamento talvez venha desde a infância, pois a jogadora conta que, nos primeiros anos na modalidade, “somente corria e jogava a bola do meio da quadra”.
Com atuações pelo exterior, jogando na Croácia e na Espanha, Palmira vestiu também a camisa da Seleção Brasileira. A primeira convocação veio em 2005, para a Copa América, chamada pelo atual técnico do Galo, Antônio Carlos Barbosa; mas a atleta foi cortada antes da competição. No ano seguinte, foi novamente convocada e passou pelo afunilamento do elenco, ficando entre as 12 atletas que disputaram e foram campeãs do Campeonato Sul-Americano, em Assunção, no Paraguai, também com Barbosa como treinador.
A atleta esteve também na conquista da prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007 e do bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011, além de compor os elencos campeões da Copa América (2009), disputada em Cuiabá (MT); do Campeonato Sul-Americano (2010), disputado em Santiago, no Chile; da Copa América (2011), disputada em Neiva, na Colômbia; e do Campeonato Sul-Americano (2016), disputado em Barquisimeto, na Venezuela.
Hoje, além do basquete, a lateral dedicasse também à graduação em Educação Física, apesar da dificuldade em encontrar tempo em meio aos treinos, viagens e jogos. Vê no diploma uma necessidade, devido à relativa brevidade da carreira na modalidade: “quero jogar mais uns 2 ou 3 anos”, confessa a atleta.
Perto de completar 30 anos de carreira, Palmira lembra com carinho de todos as ocasiões vividas, sem conseguir escolher qual foi mais especial: “são 29 anos dedicados ao basquete e cada um com seu momento, cada equipe com seu momento; tenho todos na memória e sou apaixonada por cada história vivida”, afirma ela.
O Ituano Basquete tem o apoio da Prefeitura Municipal e é patrocinado pela CIS, Grupo Maggi, Cobrecom, EPPO, Alvorada Supermercados, Nutriplus Alimentação, Controle Contábil e Apollo Sporthouse.
-- Fonte: Nathane Agostini
Assessora de imprensa do Ituano Basquete
Fotos: Juca Ferreira