Izabella Sangalli: A rubro-negra que fez história no Pan

Em 2015, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a atleta mais nova da Seleção Brasileira de Basquete Feminino tinha apenas 20 anos. Ao lado das companheiras e veteranas, a jovem lateral Izabella Sangalli fazia sua estreia com a camisa do Brasil, logo em sua primeira convocação para a equipe adulta.

Pode parecer cedo, mas a atleta - que em 2019 passaria a defender o Ituano - completava uma década de carreira naquele ano. Com o exemplo da mãe, que havia praticado a modalidade quando mais nova - chegando a representar Americana e Santa Bárbara nos Jogos Regionais - Izabella começou a treinar aos 10 anos, com a técnica Anne Freitas, nesta mesma Americana, onde ela nasceu e foi criada.

Mesmo com a pouca idade, Iza sabia que queria fazer do basquete sua profissão. “Lembro que desde o começo, nos primeiros dias de treinos, sabia que eu queria fazer aquilo. Não queria faltar, não faltava nenhum dia, chegava a ir doente nos treinos, fazia meus pais me levarem. Eu sabia desde os primeiros treinos que queria fazer aquilo na vida”, conta ela.

A jogadora cresceu treinando no projeto Unimed em sua cidade e, embora fosse alta entre as colegas de elenco na época, foi direcionada desde criança para jogar na lateral, visto que se destacava em questão de habilidade. Apesar de sua posição ter sempre sido uma opção dos técnicos, Iza afirma que sempre se sentiu à vontade jogando nela.

Mas, claro, a destreza para atuar na lateral veio com muitos treinos. “Desde pequena eu sempre trabalhei bastante, me dediquei bastante, para conseguir ir bem nessa posição. Eu sempre aprendi que tinha que ter muita habilidade, sempre treinei muito isso, minha técnica falava que eu não seria alta, pararia de crescer logo – parei de crescer com 15 anos, acredito – e que se era meu desejo jogar internacionalmente, eu precisaria ser lateral, ala/armadora”, declara ela.

Aos 19 anos, a atleta rubro-negra foi morar longe de casa pela primeira vez, para realizar seu primeiro ano pelo adulto, jogando a Liga de Basquete Feminino (LBF) pelo Jaraguá do Sul, de Santa Catarina. Nessa idade, se “sentia preparada para ir”, visto que desde os 14 anos era convocada para as Seleções de base e passava meses em outras cidades, longe da família.

Já a carreira internacional, sobre a qual Iza pensava desde os primeiros anos na modalidade, começou em 2017. Entre maio e julho, a atleta jogou na Argentina; em seguida, entre setembro daquele ano e abril do ano seguinte, atuou na Espanha. Como as temporadas não se sobrepunham, Iza conseguiu disputar duas em cada país, revezando sua estadia entre eles. Após o fim de sua segunda passagem pelas terras espanholas, chegou ao Galo, em abril de 2019.

Pela Seleção Brasileira, após o Pan-Americano de Toronto, a lateral voltou a atuar ainda em 2015, pela Copa América, também no Canadá, e novamente em 2018, no Sul-Americano na Colômbia. Além, é claro, de estar no elenco que conquistou - após 28 anos - o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano passado.

Esta medalha histórica, inclusive, é um dos melhores momentos da carreira de Izabella, segundo conta a própria atleta: “tem vários momentos que eu considero especiais. O momento principal acho que foi a conquista, ano passado, do Pan Americano em Lima, com a Seleção Brasileira. Foi algo muito importante pra mim, algo que vai ficar na história e na minha carreira”.

Ainda com muitos anos a serem dedicados ao basquete, Iza pensa em, mais para frente, voltar a atuar na Europa. Além disso, sempre uma aluna dedicada, ela não abandonou os estudos e hoje cursa administração. “Sempre gostei de estudar, e sei da importância de se ter um diploma hoje em dia. Decidi estudar para ter mais opções quando parar de jogar”, conclui ela”.

O Ituano Basquete tem o apoio da Prefeitura Municipal e é patrocinado pela CIS, Grupo Maggi, Cobrecom, EPPO, Alvorada Supermercados, Nutriplus Alimentação, Controle Contábil e Apollo Sporthouse.

Fonte:  Nathane Agostini

Assessora de imprensa do Ituano Basquete

Fotos: Juca Ferreira