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25/03/2020

PATRÍCIA CHUCA FERREIRA: A VETERANA ENTRE AS GIGANTES GUERREIRAS

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No sábado passado, dia 21 de março, ela completou mais um ano de vida. Quarenta e um ao todo. E trinta deles dedicados ao basquete, se contarmos que Patrícia de Oliveira Ferreira começou na modalidade com apenas 11 anos, na escola, em Mauá, cidade onde nasceu.

Incentivada por Magali Perassoli, uma de suas professoras, Patrícia começou a treinar no Grêmio Mauaense, sob o comando de Ivonete Miranda, a primeira treinadora de sua extensa carreira. É dessa época, inclusive, que vem o apelido pelo qual até hoje é conhecida por muitos: Chuca. Isso porque costumava ir com os cabelos presos em chuquinhas para os treinos, arrumados pela mãe, outra de suas grandes incentivadoras.

Hoje a atleta mais experiente no elenco do Ituano, Chuca nem teve tempo de pensar em outra carreira, se apaixonou pelo basquete logo de cara: “eu simplesmente comecei; a partir daquele dia, o basquete se tornou a minha vida”, afirma ela.

Aos 17 anos, saiu de casa para morar em Santo André e atuar pelo time de mesmo nome. À partir desse período, teve contato com grandes nomes do basquete feminino. Ainda jogando pelo juvenil, treinava com a equipe adulta de Laís Elena. Três anos depois, o primeiro de Patrícia atuando pelo adulto, conquistou sua primeira convocação para a Seleção Brasileira Adulta, chamada pelo atual treinador do Galo, Antônio Carlos Barbosa.

“Eu estava em Santo André e a eterna Laís Aranha me ligou contando. Fiquei muito feliz, é tudo que um atleta almeja, jogar pela Seleção Brasileira de Basquete defendendo seu amado país”, recorda Chuca.

Essa primeira convocação, para amistosos da Seleção, no entanto, não seria a única. Em 2003, a jogadora disputaria seu primeiro campeonato vestindo a camisa verde e amarela - o Sul-americano no Equador, no qual o Brasil voltaria para casa com o ouro.

Tampouco a Seleção principal seria a única a contar com ela. Patrícia Ferreira se tornaria atleta da Força Aérea Brasileira e integraria a Seleção Militar em diversas oportunidades. Entre elas um dos momentos mais especiais de sua carreira: “foram muitos momentos especiais, mas tem aquele que sempre deixa uma marca que não nos deixa esquecer, um deles foi com a Seleção Brasileira no Pan-Americano em 2007 e o torneio Pré-olímpico na Colômbia; outro que me marcou muito foi o Campeonato [Mundial] Militar [de Basquete Feminino, realizado] na França, [em 2015,] onde nos consagramos campeãs mundiais militares, e jamais vou esquecer dos 13 títulos que ganhei junto ao time de Ourinhos”.

A evolução no basquete e as passagens pela Seleção Brasileira permitiram a ela atuar ao lado de ídolas. “[Quando criança,] assistia Paula, Hortência, Janeth, entre outras, e vibrava muito com elas jogando... tive o privilégio de jogar com a Janeth e aprendi muito”, lembra Chuca.

A crescente na carreira, contudo, nunca afastou Patrícia dos estudos. “Você consegue fazer os dois”, dizia o pai para ela. Assim, desde criança, a educação caminhou com os treinamentos. Hoje, a atleta é bacharel em Educação Física, pós-graduada em Treinamento Desportivo e, atualmente, frequenta o curso Técnico em Massoterapia.

Aos 30 anos de carreira, a jogadora reconhece que o talento é importante, mas, mais do que isso, que foi o treinamento constante e a dedicação que a levaram ao alto rendimento. “Tem uma frase do Arnold Schwarzenegger - ‘não existem atalhos, tudo é repetição, repetição e repetição”, gosta de lembrar Patrícia. “Você pode fazer o que quiser, desde que faça o seu melhor”, conclui ela.

Fonte:  Nathane Agostini

Assessora de imprensa do Ituano Basquete

Foto: Juca Ferreira

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