SHOW DE ENTERRADA FEMININA NA 1ª DIVISÃO DO BRASILEIRO SUB-17
Poços de Caldas, MG – Ainda é cedo para saber qual será seu futuro, mas Juliana Souza Maria tem habilidades que impressionam e prometem um futuro grandioso no basquete brasileiro. Tida como uma das principais jogadoras da Seleção Paulista, uma das equipes favoritas ao título do Campeonato Brasileiro Sub-17 Feminino da 1ª Divisão, que está sendo disputado no ginásio da ADC Alcoa, em Poços de Caldas, no interior de Minas Gerais, Ju, como é chamada pelas amigas, mostrou porque já é um fenômeno ainda nas categorias de base. Durante o aquecimento a pivô mostrou uma de suas principais características em quadra: as enterradas.
"Comecei a jogar com 12 anos de idade, no Juventus (SP). Logo que iniciei já fiz as primeiras enterradas, mas era em uma tabelinha menor, proporcional ao tamanho na época. Depois que o treinador viu que tinha essa característica me colocou para treinar bastante salto, inclusive na academia. Hoje jogo no Bradesco/Osasco (SP) e sigo fazendo esse tipo de treinamento para melhorar cada vez mais a minha impulsão. No início eu só conseguia puxar o aro, mas depois fui aprimorando", contou.
A pivô americana Lisa Leslie foi a primeira mulher a enterrar na história do basquete feminino. A jogada aconteceu na WNBA, em 2002, quando a brasileira tinha apenas três anos de idade. Em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, Liz Cambage encantou o público ao fazer a primeira enterrada do basquete feminino na história da Olimpíada. Desta jogada Juliana se lembra muito bem.
"Fiquei encantada quando a Liz enterrou. Foi lindo. Na hora pensei que um dia seria eu ali. É muito difícil para uma menina enterrar e sempre achei lindo. Mas sou fã mesmo de LeBron James. Ele é um jogador completo. Presto muita atenção nas movimentações dele em quadra. Atuamos na mesma posição, então procuro imitar ele", disse, entre risos.
Até então, a grandalhona, de 1,82m, nunca enterrou em partidas oficiais e disse que raramente tenta a jogada. "Somente havia enterrado em treinos e no aquecimento. Mas quem sabe não acontece aqui em Poços de Caldas. Seria muito bom, mas ainda falta muito para mim. Acho que uma enterrada bem feita dá brilho ao jogo", destacou.
Tanta habilidade garantiu para a jogadora uma vaga na Seleção Brasileira. A pivô esteve na conquista invicta do título do Sul-Americano Sub-15 (Venezuela/2014). Esse ano participou da preparação para a Copa América Sub-16 do México, mas não ficou entre as 12 atletas que conquistaram a medalha de prata.
"Fiquei muito feliz com a convocação. Aprendi muita coisa e adquiri mais experiência. Estou bastante focada este ano para continuar sendo chamada nas próximas convocações. É uma grande honra para qualquer jogador vestir a camisa de seu país", declarou.
Sobre a expectativa em relação ao Campeonato Brasileiro, a pivô não esconde o quanto está confiante em mais um título para seu estado.
"Estou vendo grandes jogos aqui no Brasileiro. Estamos invictas até agora e vamos em busca da hegemonia de São Paulo. Queremos nos manter no topo da categoria", finalizou Juliana.
A quinta rodada será disputada, neste sábado (3), com os seguintes jogos no masculino: Pará x Santa Catarina (8h de Brasília), Espírito Santo x São Paulo (11h), Rio de Janeiro x Distrito Federal (14h) e Minas Gerais x Mato Grosso (17h). A competição feminina terá Rio de Janeiro x Paraná (9h30), Espírito Santo x Mato Grosso (12h30), Ceará x Mato Grosso do Sul (15h30) e Santa Catarina x São Paulo (18h30).
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O Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-17 Feminino e Masculino é organizado e realizado pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB), com apoio da Federação Mineira de Basketball, Prefeitura Municipal de Poços de Caldas e financiado com recursos do BRADESCO por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, programa do Ministério do Esporte.
Foto: Gaspar Nóbrega/InovaFoto
Fonte: CBB
