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06/03/2015

MARCOS BENITO EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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 MARCOS FORNIES BENITO: ÁRBITRO DE UMA OLIMPÍADA E TRÊS MUNDIAIS

Marcos Fornies Benito, nascido em 12 de abril de 1972, é formado em Educação Física e tornou-se Árbitro Internacional em 2004, depois uma incontável participação em competições internacionais, chegando a apitar em três mundiais, um sub-19 e dois adultos, sendo o último, o Mundial da Espanha, em 2014.

        Em 2012, Benito consegue realizar um grande sonho, apitar nas Olimpíadas de Londres. Seu trabalho constante continua, sempre apitando em grandes jogos, grandes decisões e neste final de semana, acontece a 7ª edição do Jogo das Estrelas, do NBB, e ele tem sua também sétima participação da festa maior do basquete no país, uma festa onde todos os melhores em suas respectivas áreas, participam.

        Querido por todos, colegas gostam de atuar ao seu lado; grande profissional, competente, carismático e um amigo que encontrei ao  longo de meus anos de trabalho em coberturas de jogos de basquete.

No último sábado, após apitar o jogo entre Sport Recife e Santo André, e mesmo tendo que viajar na madrugada seguinte, Benito, atenciosamente concedeu-me esta entrevista.

 

Benito  fale um pouco de sua carreira, dentro do basquete, até chegar ao árbitro internacional de hoje.

Já tenho 25 anos de carreira e não foi fácil chegar até chegar participar de três mundiais e uma Olimpíada. Comecei apitar basquete com 18 anos e hoje, estou com 42, vou fazer 43 agora em abril, é uma satisfação muito grande conseguir esses objetivos que sempre lutei e almejava desde quando comecei apitar e graças a Deus, eu me considero um árbitro realizado.

            Agora quero trabalhar cada vez mais e tentar ir a mais uma olimpíada, a nossa aqui no Rio, se Deus quiser.

Festa do basquete nacional com os Jogos das Estrelas, em Franca, no Templo do Basquete, o Pedrocão e mais uma vez você presente nesta festa.

O NBB já na 7ª edição e sua também sétima edição do Jogo das Estrelas, e tive honra de participar de todas e nada melhor do que fazer esta festa na Capital do Basquete, onde com público que tem, a vibração  e o amor da torcida pelo basquete, é uma coisa maravilhosa. Eu que já apitei muitos jogos decisivos neste ginásio, é uma emoção a parte e também uma grande realização de qualquer árbitro, poder atuar em Franca.

            Este ano a festa será mais completa porque será feita junta com a festa do feminino e isso é maravilhoso. E desta vez, como nas anteriores, o ginásio estará totalmente lotado.

Como é a vida de um árbitro; nesta quinta-feira, 16 horas, com todo o calor do verão de  Recife, você apitou America x Santo André, viagens,  neste domingo de madrugada e no próximo sábado, jogos em Franca, como você administra isso tudo?

Como  árbitro profissional tenho que estar sempre disposto, a fazer viagens, jogos, diferenças de temperaturas, as vezes, pouco tempo com a família, mas tudo isso é muito gratificante, a profissão te realiza bastante, por exemplo, estou a quatro dias aqui em Recife, e passeie bastante, tudo lindo por aqui, uma estadia maravilhosa e o árbitro tem que estar preparado para isso tudo; preparar mentalmente, alimentar e dormir bem. O árbitro  que quer apitar até aos 45, 50 anos, tem que se cuidar muito. E como sou árbitro profissional, vivo disso, tenho que me cuidar, principalmente, da saúde. Graças a Deus, o basquete me ajudou muito e sou muito grato a ele.

O basquete é um jogo teoricamente, sem contatos, mas a cada vez mais, ele se torna mais veloz e os contatos de falta de ataque ou de defesa, se tornam difíceis de marcar, como o árbitro age nessas situações?

É por isso que o árbitro tem que estar totalmente preparado física e mentalmente para saber interpretar quem fez a falta primeiro, é como você disse, hoje o jogador é muito mais alto, mais rápido, mais forte e se o árbitro não estiver preparado para discernir  bem a jogada, ele pode se perder e inverter a marcação.  Tem que ter conhecimento, posicionamento e cabeça boa se não, pois ele tem que definir de quem foi a falta em frações de segundo.

Quem reclama mais; as jogadoras ou os jogadores?

Geralmente o masculino tem uma reclamação maior, mas já melhorou muito. Na verdade, o jogador brasileiro tem esse habito de reclamar, mas causa muita estranheza, quando eles vão jogar lá fora, eles aceitam todas as marcações dos árbitros de lá. Mas isso é questão de amadurecimento, pois da mesma forma que o atleta é cobrado do técnico, o juiz também é cobrado e todos se esforçam para fazer o melhor de si. Afinal, o árbitro também é punido quando falha. Como o jogo é pura emoção, às vezes o atleta se extravasa um pouco e mesmo pode acontecer com o arbitro, mas todos buscam o aperfeiçoamento profissional.

Como você vê o nível técnico do basquete masculino e feminino?

O feminino teve melhora, mas precisa melhorar e está precisando de maior divulgação e parceiros não adianta virem jogadoras estrangeiras e se não tem divulgação, precisa de mais eventos e divulgação, sobretudo, na televisão; precisa ter as categorias menores em ação.

            No masculino, está sempre na crescente e creio que vai continuar assim, cada vez mais.

Um fato inusitado acontecido com você, durante uma partida

Não faz muito tempo não, no último NBB  lá em Franca ainda, apitando um jogo de Franca contra Sorocaba peguei um contra ataque e a quadra meio  molhada, levei um tombo e cai no banco de Sorocaba, lembro que a torcida foi a loucura. Quando passei perto do banco do Franca, o Lula me perguntou se eu precisava de ajuda.

            É uma coisa constrangedora para um árbitro, e principalmente, na terra do basquete e a torcida fez a festa com isso.

Benito, eu estava nesse jogo

E acredito que você riu bastante

COMPETIÇÃO DE TRÊS PONTOS

Uma cidade  - Franca/Rio de Janeiro

Um país – Turquia

Prato preferido – peixe com molho de camarão, este prato está uma delicia aqui em Recife

Amor -  minha esposa, sou casado há 16 anos e tenho uma filha maravilhosa são as duas pessoas que eu trabalho a cada vez mais pra elas.

Imprensa – eu não tenho nada contra ela. Ela faz seu trabalho e muitos árbitros não gostam, mas, eu me sinto orgulhoso quando ela vem me entrevistar.

Um sonho realizado – Olimpíada

Um sonho a realizar – participar de mais uma olimpíada, principalmente esta que será realizada aqui no Brasil.

Uma mensagem – acessar a cada vez mais a página CHUÁ MARCOS, sempre divulgando o basquete e torcer por ele, e que sabe, um dia, vem a ser o  esporte número UM do país, a coisa que mais quero.

Benito,  agradeço sua gentileza por conceder esta entrevista e quando você for escalado para apitar as Olimpíadas do Rio, quero fazer outra matéria com você.

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