EMBAIXADORA ALESSANDRA PRESTIGIA AS ESTRELAS DO FUTURO NO BRASILEIRO SUB-15
Poços de Caldas, MG - A ex-jogadora da Seleção Brasileira, Alessandra Santos Oliveira, é uma das Embaixadoras do Campeonato Brasileiro Sub-15 Feminino e Masculino da 1ª, 2ª e 3ª Divisões, que está sendo realizado em Poços de Caldas (MG). Mas não é só entre as equipes jovens que disputam a competição que os dois metros de Alessandra fazem sucesso, os treinadores e o público presente também fizeram questão de registrar o momento ao lado da pivô que já conheceu o mundo inteiro jogando basquete.
"É uma competição em que eles estão conhecendo pessoas diferentes e vendo outras escolas de basquete. E nós temos que prestigiar porque se não começarmos a acompanhar e dar valor a esses campeonatos não teremos renovação para as nossas seleções e clubes que jogam as ligas nacionais. Está sendo muito bom estar aqui vendo e analisando prováveis atletas selecionáveis e ver a realidade do basquete nacional. O Brasil é muito grande e é bom sabermos o que acontece em outros estados, fora do eixo Rio de Janeiro, São Paulo e região sul, para vermos os outros estados das regiões nordeste e norte", disse a pivô.
Com quase duas décadas de carreira, a atleta exibe animação de iniciante quando vê tantos talentos em quadra.
"Tem alguns meninos que são gênios pelo que já fazem com a bola. Nessa idade é muito complexo porque são movimentos em que a mecânica é complicada. Fiquei muito contente de ver jogadoras muito interessantes e com muito potencial, como é o caso da Kamilla de Minas Gerais, que tem 13 anos e 1,90m de altura. Ela precisa ser trabalhada, mas tem tudo para ser uma grande pivô e defender as futuras seleções nacionais. Além de outras não tão altas, mas extremamente eficientes. É muito válido ver essa meninada jogar", analisou Alessandra.
Dona de um título mundial (Austrália/1994) e duas medalhas olímpicas (prata em Atlanta/96 e bronze em Sydney/2000), Alessandra acumula, além de conquistas, inúmeros vistos em seu passaporte. A atleta já jogou na Itália, Rússia, Estados Unidos, Coréia, Eslováquia, Hungria, Espanha e França. A jogadora faz questão de passar sua experiência para as gerações futuras.
"Treinar. É preciso treinar muito. Basquete é difícil e muito complexo. Para ser bom e melhorar é fundamental ter muitas horas de treino e dedicação. Além disso, é preciso aproveitar as oportunidades que são dadas, educação e estudo. É importante conhecer a cultura de onde estiverem e o que acontece nas cidades como aqui em Poços de Caldas", pontuou a jogadora.
A Embaixadora destacou ainda a evolução do esporte brasileiro e a dedicação dos jovens jogadores que estão disputando a competição em Poços de Caldas.
"Eu acredito que esses campeonatos como o Brasileiro são muito importantes para a modalidade. E a dedicação desses jovens jogadores é tremenda. Eles querem ganhar, acompanham o desempenho de seus adversários e logicamente assistem a NBA e a Liga Espanhola. Mas o importante é estarem com a bola na mão e sempre treinando com alegria e diversão", enfatizou a jogadora do Ponta Grossa Basquete (PR).
Alessandra ainda destacou o processo de renovação na Seleção Brasileira Adulta Feminina.
"Tivemos um buraco entre as gerações, mas agora elas precisam de muita experiência internacional, além de muito treino. Essa renovação foi muito importante, mas logicamente não terão por agora um caminho fácil. Terão pela frente muito sacrifício, com vitórias e derrotas, provavelmente mais derrotas. Enfim, é assim que é o aprendizado construindo uma história diferente para o basquete feminino. Os passos seguintes são juntar o grupo, mostrar a identidade para ter varias glórias e alegrias também", comentou.
Apaixonada pela modalidade da bola laranja, Alessandra já pensa no futuro e está se preparando para trabalhar como técnica de basquete. A ex-pivô da Seleção Brasileira participou do Curso Nível 3 da Escola Nacional de Treinadores (ENTB), no mês de julho, em São Paulo (SP), e do internacional de Mini Basquete no início do ano em Paraty (RJ).
"Acho que ainda é precoce me chamar de técnica, mas quero muito ser educadora, quero aprender e principalmente tirar esse meu pensamento de jogador de alto nível para um dia me tornar técnica. Muitas vezes jogadores de alto nível não conseguem ser técnicos e depois formar um conceito sobre mim mesma e sobre o que é ser um treinador. Esse é meu foco para o futuro. Já realizo Festivais de Mini Basquete, fiz na Europa e aqui no Brasil agora. Me divirto muito com a criançada", relatou Alessandra. "Eu sigo jogando, para ter mais tempo para me dedicar as minhas teorias e treinos para pensar no que quero fazer. Penso em ir para a Europa passar um tempo lá na época do verão, porque é quando acontecem os Festivais de Mini Basquete e começar a criar a minha identidade como técnica e montar um trabalho bem legal", explicou a pivô.
Alessandra continua atuando nas quadras e atualmente defende a equipe do Ponta Grossa Basquete (PR) no Campeonato Paranaense. A jogadora contou ainda como faz para continuar praticando a modalidade com alto nível aos 40 anos.
"Sou hiperativa e não consigo ficar parada. Depois que sai do Sport Recife (PE), em 2012, treinei um mês em Jundiaí e disputei os Jogos Abertos no ano passado. Foi muito divertido e é isso que faz com que essas jovens cresçam. O técnico da equipe até me deu feedback dizendo que elas haviam amadurecido muito. E agora lá em Ponta Grossa estou tentando passar um pouquinho da minha experiência para elas. Sigo jogando, faço hidroginástica três por semana e Muay Thai uma vez por semana para me manter em forma. Jogo no Campeonato do Paraná, na Seleção de Veteranas e tenho me aventurado no Basquete 3x3. O que aparecer eu jogo", finalizou Alê.
O Campeonato Brasileiro Sub–15 Feminino e Masculino da 1ª Divisão é organizado e realizado pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB), com o apoio da Federação Mineira de Basketball e Prefeitura Municipal de Poços de Caldas, e financiado pela Lei de Incentivo ao Esporte por meio do convênio com o Ministério do Esporte.
Fonte:CBB
