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09/08/2014

BASQUETE PERDE WALDIR PAGAN

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Rio de Janeiro, RJ – A diretoria da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do ex-técnico e supervisor da Seleção Brasileira Adulta Feminina, Waldir Pagan, de 77 anos, ocorrida às 23 horas desta sexta-feira (8). O enterro acontece, neste sábado (9), às 17h de Brasília, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, em São Paulo.

“O Waldir foi um dos melhores técnicos do basquete brasileiro e descobridor de inúmeros talentos que integraram a seleção brasileira feminina. Foram décadas dedicadas ao basquete e de uma inestimável contribuição ao esporte. Com certeza, o seu trabalho ficará eternizado para sempre”, disse o presidente Carlos Nunes.

Waldir Pagan foi o técnico da Seleção Brasileira medalha de bronze no Campeonato Mundial do Brasil, em 1971; medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cáli, na Colômbia, também em 1971; e Supervisor da delegação na conquista do título inédito do Campeonato Mundial da Austrália, em 1994.

Leia a reportagem com Waldir Pagan publicada no site da CBB no dia 12 de junho desse ano, data em que o Brasil comemorou os 20 anos do título de 1994.

20 ANOS DO MUNDIAL FEMININO DA AUSTRÁLIA – WALDIR PAGAN PERES

Rio de Janeiro, RJ – Para relembrar os momentos marcantes do título do Campeonato Mundial Adulto Feminino de 1994, na Austrália, desde o dia 30 de maio a CBB publicou diariamente matérias com as 12 jogadoras e com o técnico Miguel Ângelo da Luz. Hoje é a vez do supervisor Waldir Pagan Peres.

“Juntos somos força. Unidos (as) seremos potência”. Você pode vencer. Você vai vencer”. “Vamos ter confiança no acerto e nunca medo de errar”. Essas três frases escritas em uma enorme cartolina com as cores do Brasil e alguns detalhes para elevar a autoestima de cada jogadora, amanheceram coladas na parede do corredor do hotel em que estava hospedada a delegação brasileira, no dia 12 de junho de 1994, em Sydney, na Austrália. As frases foram escolhidas carinhosamente pelo supervisor Waldir Pagan Peres. Era o dia da final do Mundial contra a China. Era o dia da consagração de uma geração.

Ex-técnico da Seleção Brasileira, medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1971, em Cáli, na Colômbia, e com a glória de ser o responsável pelo lançamento da Rainha Hortência no basquete, Waldir Pagan era uma espécie de psicólogo na equipe. Com experiência de sobra no trato com as meninas, foi o principal responsável pela união do grupo, sempre marcado por enorme rivalidade da época em que o basquete feminino tinha uma enorme paixão quando o assunto era Paula x Hortência.

“Fizemos uma preparação muito longa e muito boa. Foram quase quatro meses de treinamentos e jogos desafios. Quando chegamos na Austrália todas as atletas estavam no auge da forma física e técnica”, lembrou Pagan.

Sobre a campanha vitoriosa o supervisor conta detalhes importantes. “Nós, da comissão técnica (eu, Miguel Ângelo, Sérgio Maroneze e Hermes Balbino), fizemos um levantamento de como iriam as seleções adversárias para o Mundial. E chegamos ao consenso que dava para ganhar. Era só o Brasil mostrar algo diferente. E essa diferença era o aumento da nossa altura com as pivôs Alessandra e Cintia Tuiu, além da presença da Janeth já experiente, da Leila e das meninas mais jovens. A Seleção Brasileira tinha uma equipe capaz de vencer. Era só acreditar”, explicou.

Sobre as frases que usou nos cartazes Waldir Pagan confessa que algumas copiou de livros de autoestima, mas outras ele mesmo criou. “Eu lia muito livros de psicologia esportiva, mas realmente várias tirei da minha cabeça. E todas aquelas frases ainda estão guardadas com muito carinho”, recordou.

“A CBB deixou o basquete feminino nas minhas mãos e acertei todos os detalhes. Conversei muito com a Paula e com a Hortência, explicando que era o momento de muita união e que com elas unidas e jogando com o apoio das outras jogadoras, poderíamos fazer história na Austrália. Acertamos até o prêmio se fossemos campeão. Todas atletas perceberam que era o momento de obter um grande resultado no Mundial, já que haviam conquistado o ouro no Pan de Cuba. Quando a bola subiu, todas jogaram uma pela outra. Não poderia acontecer outra coisa senão a conquista do título”, finalizou.

Fonte: CBB

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