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15/03/2014

A LBF E A WNBA NO BRASIL - OPINIÃO

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A LIGA DE BASQUETE FEMININO ESTÁ SEMPRE CRESCENDO E COM A VIDA UMA EQUIPE DA WNBA, TERÁ UMA NOVA FASE NA HISTÓRIA

            E a quarta edição da Liga de Basquete Feminino está chegando ao seu final e confesso que estou gostando muito de maneira que está sendo conduzida; podemos dizer que ela (Liga), está com os pés no chão e isso me faz sentir que nosso basquete está seguindo em sua trilha.

            As edições anteriores, com oito, nove e sete equipes participando das respectivas edições, 2010/11, 2011/12 e 2013. Número bem pequeno pelo tamanho do nosso país e principalmente, pelo currículo internacional, já que conta com um título mundial e duas medalhas olímpicas.

            Nas três primeiras edições, participaram três estados em cada competição, lembrando que na primeira, participaram os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro; na segunda, participaram São Paulo, Maranhão e Santa Catarina; na terceira, Pernambuco, Maranhão e São Paulo que foi  o único estado com participação em todas. Bem longe de ser um campeonato nacional, como queríamos, mas, é a prova que está caminhando dentro da nossa realidade, onde enfrenta todos os tipos de dificuldade, a partir da financeira e falta de uma politica escolar para alavancar o esporte desde os primeiros anos da criança na escola.

            Já nesta edição, manteve a média de clubes participantes, (8) e além dos três estados (da média também), São Pulo, Maranhão e Pernambuco, a participação do Distrito Federal.

            Como houve desnível técnico entre as equipes, foi em função da realidade do nosso basquete, as duas equipes caçulas, Rio Claro e Brasília, que ficaram nas últimas colocações, deram prova que trabalham para um futuro melhor e com pés e cabeça no presente. Exatamente ao contrário do que aconteceu no ano de 1993 que depois de quase dois séculos, da magnifica rivalidade entre duas das maiores estrelas que nosso basquete já teve: Paula e Hortência, a equipe da Ponte Preta de Campinas, formou um time com essas duas potencias máximas das nossas quadras. Karina (Argentina) e outras estrelas do mundo se aportaram em Campinas que teve sua equipe chamada de “dream team” que ganhou tudo o que disputou. Pouco tempo depois e até hoje, creio, o basquete sumiu desta grande equipe paulista, que já foi até campeã mundial de clubes. Já no ano seguinte, Hortência continuou na equipe e Paula foi para Piracicaba e nesse mesmo ano, 1994, o Brasil sagrava-se campeão do mundo, em competição realizada da Austrália.

            Fato semelhante aconteceu no basquete masculino quando a cidade de Lençóis Paulista, montou uma grande equipe, foi campeã paulista e depois se afastou do cenário das grandes competições. Ao contrario da cidade Franca, que sempre mantem sua equipe masculina em destaque a partir de sua base.

            Comparando tudo isso, digo que o nosso basquete feminino está crescendo dentro da naturalidade e com isso, vai ganhando espaço, em todos os setores; na quadra, na escola, na mídia, com os patrocinadores, que estão acreditando no trabalho sério de todo esse grupo que luta para ver nosso esporte onde ele merece ficar.

            De que adiantaria um clube montar uma equipe para disputar a LBF, ser campeão e depois, dissolver tudo; o Brasília e o Rio Claro estão no caminho certo. Este ano pude cobrir vários jogos e vi de perto o trabalho realizado além-quadra; inclusão social, a “molecada no basquete”, foi sensacional; a preocupação na área da saúde, enfim, muito além de um grande basquete.

            Nesses momentos que escrevo este texto, sempre aos sons de músicas andinas (minhas preferidas) e nos intervalos, para descanso, caminho um pouco na noite que em cada parada que faço, vejo a Lua quase Cheia, que já caminhou bastante, juntamente com as estrelas, as constelações do Cruzeiro do Sul, do Órion, os planetas que já foram dormir. É um cenário de uma linda noite de Verão, bem solitário, aqui na minha casa, mas me faz sonhar e o meu sonho de hoje é ver nosso basquete feminino crescer bem mais. Como disse, estou gostando muito da conduta da organização da LBF, lógico, as falhas acontecem e queremos um grande campeonato com muitas equipes, participação de todos os estados, mas é devagar que se chega lá.

            Meu sonho de hoje é ver equipe ou equipes da WNBA fazendo jogos no Brasil!

            Dispendioso sim, mas, com certeza será um avanço enorme para todos nós. Com este trabalho sério e transparente, a organização vai ganhar credibilidade e com um projeto adequado, seguramente, tudo isso será possível. Vejamos a tradição de nossas cidades que participam da liga; Ourinhos, com um currículo invejável de conquistas; Americana, um exemplo de trabalho de base, as cidades do ABC, tradição sempre e com o Santo André, campeão da primeira edição desta competição; Brasília que jogou numa segunda-feira, em plena 16 horas, com ginásio lotado de crianças; o Desafio das Estrelas, em São José dos Campos, uma festa perfeita. Todas essas cidades merecem ter um jogo de uma equipe da WNBA.

            Recordando mais um pouco e voltando no ano de 1998, uma seleção formada por jogadoras da WNBA fez três partidas em solo brasileiro; a equipe dirigida pelo treinador da Janeth, que na época, defendia o Houston, Van Chancellor, venceu o Santo André por 79 a 74, no ginásio Pedro Dell’Antonia, em Santo André; segundo jogo em Osasco, onde o time brasileiro venceu por 99 a 94; terceiro jogo, em Curitiba, e as norte americanas venceram por 90 a 77.

            Lembrando que pela seleção WNBA, teve Lisa Leslie, Tina Thompson e Rebeca Lobo, entre outras.

Se há dezesseis anos, tudo isso aconteceu, hoje, e num futuro próximo, poderemos fazer o mesmo e também nesse mesmo futuro, a nossa LBF, estará mais forte do que nunca e também , realizando o sonho de muitas jogadoras estrangeiras como Tatiana e Ziomara (Chile), Carol Sanchez (Argentina), que já me confidenciaram seus sonhos: jogar no Brasil. Sem falar em muitas que já realizaram este sonho, como Vico Pereyra e Paola Ferrari, sendo que esta ala do Americana, joga de titular em qualquer time do mundo, inclusive, na nossa seleção, se puder jogar nela.

Portanto nossas autoridades que dirigem nosso basquete pensem com carinho e projetem a vinda das melhoras jogadoras do mundo aqui, pois esta é a minha franca opinião.

 

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