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19/02/2014

MARIA CRISTINA SILVA, DO LADIES PARA BRASÍLIA

Uma ‘Ladie’ em Brasília

Aos 33 anos, a ala/pivô Maria Cristina Silva, que começou sua carreira na equipe de base do Guarulhos e passou por times tradicionais do basquete feminino como Ourinhos Basquete, São Paulo, São Bernardo,Suzano e Florianópolis, além de uma breve passagem pelo basquete argentino no ano passado, vive um novo desafio: faz parte da equipe do Brasília CSUV/1 que disputa a LBF (Liga de Basquete Feminino) pela primeira vez e é uma das poucas atletas experientes na equipe que é composta em sua grande maioria por jovens talentos, cujo projeto é coordenado por Renata Ribeiro e têm recebido muitos elogios pela ousadia e coragem de participar de uma competição de nível nacional, sem atletas consagradas e propiciar a estas jovens atletas que possam adquirir experiência, para que os frutos deste trabalho possam ser colhidos nos próximos anos.

Antes de ser chamada para disputar a LBF pela equipe do Brasília, Maria estava em São Paulo jogando pelo Ladies Basquete, equipe comandada pelo técnico Karioca e fundada em 2011, com objetivo de resgatar jovens e talentosas atletas que estavam sem time e que hoje conta com equipes de base (sub-17 e e sub-19) e adulta, tendo em seu grupo várias atletas com passagens por times de ponta do basquete nacional, como é o caso da ala/pivô.

Em entrevista ao Central do Basquete Feminino, Maria ressaltou a importância do trabalho feito pelo Ladies para o basquete feminino. “Eu conheci a proposta do Ladies em 2012 e achei muito bacana e procurava ajudar divulgando os jogos e peneiras do time. Atualmente, muitas meninas com potencial não conseguem conciliar a vida de atleta com os estudos, além do trabalho e o Ladies entende esse lado. Quando fui convidada a participar do Ladies em 2013 eu não tinha tempo para treinar durante a semana, tendo que conciliar a atividade de mãe e de dona de casa com a de atleta e fui acolhida mesmo assim. Acho que vontade e amor ao basquete são as palavras-chave do projeto do Ladies e graças a isso conseguimos superar todas as dificuldades”, elogiou.   

A ala/pivô falou ainda do projeto inovador do Brasília CSUV/1 que está proporcionando um grande espaço para jovens jogadoras. “O basquete feminino no Brasil precisa urgentemente de trabalho de base, porque  mesmo que surjam mais equipes não haverá jogadoras para essas equipes,então quando surge alguém para dar oportunidades para as jovens como o Brasília está fazendo, temos que aplaudir e incentivar, pois é este tipo de trabalho que o basquete feminino precisa para evoluir e revelar grandes atletas”, frisou.

Por fim, Maria aconselhou as meninas que estão começando sua carreira e que tem o sonho de se tornar grandes atletas. “O basquete é uma grande porta que se abre para o acesso à cultura, viagens, conhecer pessoas e estudar, mas para ter êxito na carreira é preciso muita dedicação e doação. Você pode deixar de viver momentos com a família, fazer coisas que amigos estão fazendo, mas se você quiser mesmo ser atleta de basquete, todos estes sacrifícios valem a pena e chegará o momento em que viverão muitas alegrias dentro e fora da quadra por conta do basquete”, ressaltou.

 

Texto e Foto: Luís Galletta (Central do Basquete Feminino)

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