ENTREVISTAS

JÚLIO PATRÍCIO, TÉCNICO DA SELEÇÃO FEMININA SUB-16, MEDALHA DE BRONZE NA COPA AMÉRICA, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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Júlio Patrício, técnico da seleção que conquistou o bronze na Copa América e classificou o  Brasil para o Mundial

Quero parabeniza-lo, juntamente com todo o grupo, pela grande conquista; acredito que esta marca jamais será superada, ou seja, ter pouco mais de 10 dias para convocar e preparar sua seleção, para uma tão importante competição e valendo vaga para o mundial.

 Júlio, como ficou seu coração depois desta conquista?

 Primeiro que meu coração quase não aguentou (rsrs), somente quem já foi para uma competição dessas, sabe o quanto eh estressante cada dia, na verdade todos os momentos. Mas estou muito feliz, apesar do grande desafio que foi esta seleção, sinto-me fortalecido como técnico e homem.

 Uma honrosa medalha de bronze, como viu o nível desta competição?

 Sabemos que as Americanas, sempre são favoritas em Mundiais e logicamente em Copa América. Mas nossa preocupação não era os USA e sim nossos concorrentes diretos as outras vagas para Mundial, como Canadá, Argentina, Porto Rico e México. Pelas circunstancias e dificuldades, realmente foi um grande resultado, como disse anteriormente, somente quem esteve nesta competição, pode falar com propriedade o que aconteceu da convocação até receber a medalha. Posso dizer para as pessoas que torcem pelo nosso basquete, que tenham orgulho dessas atletas, senão as mais talentosas das Américas, com certeza as mais aguerridas.

 Dentro de cada jogo, a equipe foi subindo aos poucos de produção, mostrando muita garra e determinação, o que você espera para o próximo ano, no mundial?

 Como falei, as circunstancias levaram a equipe a momentos muito nervosos na competição. Essas meninas tem muito valor, mas até chegarmos a dizer que era uma equipe, não foi fácil. Com certeza fomos nos acertando durante a competição. Alguns jogos foram tensos demais, esses poderiam nos tirar a vaga para o Mundial. Tenho certeza que a CBB, não medirá esforços em conseguir um bom projeto para esta equipe. Temos em mente fazer uma fase de preparação, com pelo menos 30 meninas. Estaremos conversando com Vanderlei sobre a viabilidade do projeto. Sabendo também que ainda não foram definidos os nomes da Comissão Técnica.

Quais são os pontos mais vulneráveis que a seleção apresentou e o que pretende fazer para saná-los?

 Não vou fugir da minha responsabilidade sobre as dificuldades e erros. Foi muito bom os jogos serem ao vivo pelo site da FIBA, as pessoas puderam ver o que aconteceu. Como falei, tenho total responsabilidade sobre os resultados, as meninas em nenhum momento fizeram corpo mole, pelo contrario, foram tão aguerridas que o nervosismo tomou conta delas em muitas vezes. Optamos por levar as atletas do sul-americano, que já sabiam o que queríamos delas na competição. Alteramos duas atletas, entrando Mariane, atleta de ARARAQUARA que joga atualmente em Americana e Jenifer de Tupã, ambas fizeram uma bela competição. Clubes e Seleção precisam estar mais afinados em sua relação, hoje tem uma barreira que afastam ambos. A primeira coisa é as pessoas pararem de denegrir nossa modalidade. Não entendo porque algumas pessoas insistem em ver só o lado negativo em tudo. Mas acredito que com um tempo bem maior do que foi, os técnicos conseguiram dar um salto de qualidade nessa equipe.

Cite os pontos mais positivos e os mais negativos que você encontrou

Fantástico escolher um lugar tão especial para uma Competição deste nível, como foi Cancun, povo mexicano é extremamente simpático e gostam muito dos brasileiros. Fomos muito bem recebidos, não podemos nos queixar de nada. Ginásio de jogo climatizado. Ponto negativo é que estando em um dos lugares mais bonitos do mundo, não temos tempo de conhecê-lo.

 

 Citaria algum destaque ou mais, dentro da sua equipe?

 Não da para pontuar alguém, a comissão técnica foi ótima, a união foi total. Nossa fisioterapeuta (Tatiana) foi de extrema competência na hora que foi exigida. E a Anne é uma pessoa especial, encontrei grandes amigos no basquete, ela é como uma irmã hoje para mim, nem vou falar de sua extrema competência. Mas a equipe começa pelas atletas, e nossa equipe foi muito comprometida, entendendo as dificuldades que encontraríamos sem deixar de acreditar em nenhum momento na classificação para o Mundial. Meninas que ganharam bronze, mas valem ouro com certeza.

 Para as meninas, culturalmente, o que pode representar uma competição disputada  em Cancún?

           
 Hoje, diferente de outros tempos, as atletas tem a oportunidade de estarem disputando competições em outros países. Penso que a competição acaba se tornado mais importante que o próprio lugar onde esta se realizando, como disse, nosso tempo é muito apertado. Elas têm contato com as outras atletas de muitos países.

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