ALANA GONÇALO, BRASILEIRA DO LA SALLE MELILLA, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA
Por Domingo Rodríguez García *
A armadora paulista, aterrizou em Melilla e tomou o comando de seu novo time, La Salle Melilla. Alana Gonçalo, volta para Brasil, após uma grande temporada na Liga Femenina 2 espanhola.
26 jogos, 14 pontos, 3,5 assistências, 10,9 de eficiência 33:24 minutos, essas são suas médias por jogo.
Muito amavelmente, Alana, fala para Chuã Marcos.
Quando falta um jogo para terminar na liga regular, faça um resumo de sua temporada, tão complicada pela pandemia.
Foi uma experiência incrível, pois tive a oportunidade de ser protagonista pela primeira vez em alguma equipe. Como mais experiente, capitã e armadora tive uma responsabilidade muito maior do que ocorreu na minha carreira inteira e acredito que dificilmente teria tido está oportunidade em outro lugar.
Achou diferenças entre basquete brasileiro e espanhol?
O basquete espanhol, em minha opinião, é um pouco mais rápido, pois todos os times impõem um ritmo forte na defesa e tentam sair bem para o contra-ataque. Na meia quadra eles trabalham bem os passes e com velocidade.
Foi ótima e rápida sua adaptação seu novo time, nova cidade?
Acredito que a adaptação foi rápida ao time, as meninas me acolheram como família e me aceitaram como líder; isso facilitou muito o meu trabalho dentro e fora de quadra.
Que se leva da sua experiência espanhola, no âmbito pessoal e esportivo.
Tem muitas coisas que absorvi aqui na Espanha durante essa breve passagem, mas acredito que o principal é a característica de jogo que aprendi no La Salle Melilla e durante a LF2. No âmbito pessoal, foi um momento de autoconhecimento e, sem dúvida, essa foi a parte mais importante para mim, conhecer as minhas fraquezas mais a fundo e também as minhas qualidades que ainda desconhecia.
Que aconselharia uma menina de oito anos que começa sonhar com a bola laranja?
Divirta-se. O basquete é pura alegria e nesta idade acho que é o mais importante é a felicidade que o esporte traz nessa fase em que ele deve ser bem lúdico.
Por último, para um admirador do Brasil, me recomende um livro, uma música e um cantinho onde me perder no seu país
O manuscrito encontrado em Accra, de Paulo Coelho, muito bom livro. “Um pôr do Sol na Praia”- Silva, uma música leve e relaxante e acredito que Bahia seja um dos melhores lugares para visitar. Qualquer lugar ali é um paraíso.
*Domingo Rodríguez García, vive em Santa Coloma de Gramenet Espanha é atuante da imprensa especializada em Basquetebol, tendo publicado livros sobre o Basquete Feminino