NATHÁLIA LOBATO, SELEÇÃO BRASILEIIRA 3X3, E JOGADORA DO NOVO BASQUETE RIO, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

Charme, elegância, beleza, carisma, distinção e uma história fantástica de muito amor ao basquete tudo isso e um pouco mais, encontramos numa jovem de apenas 24 anos, mas com um currículo invejável; jogadora, já defendeu a sonhada camisa da nossa seleção brasileira; treinadora, gestora, tira dinheiro do bolso para ajudar sua equipe. Professora de Educação Física responsável pela formação cívica de cidadã de crianças e jovens.

Esta é Nathalia Pereira Tavares Lobato, 24 anos, 1,75m , natural do Rio de Janeiro, jogadora e fundadora do Novo Basquete Rio, equipe que lidera o campeonato da Liga Super Basketball,  LSB,que em suas poucas horas de folga, atua como Modelo.

Acompanhe sua trilha toda rodeada de muito amor ao basquete, sua luta para atingir seus objetivos. Sua bondade, seu carisma e sua atenção para comigo ao conceder-me esta entrevista.

 Gostaria que você fizesse um resumo  de sua vida dentro do basquete, desde quando começou até hoje, onde você faz parte de um seleto grupo de atletas com a honraria de vestir e defender a camisa da nossa seleção brasileira

 Nathália Lobato, de 23 anos, ex-atleta federada no clube Botafogo de Futebol e Regatas, ex-atleta da faculdade Universo e professora de Educação Física. Começou a jogar com 11 anos, quando uma amiga do seu irmão falou sobre o basquete e indicou o clube Botafogo. Nunca tinha jogado basquete antes, e teve seu primeiro jogo dois dias após seu início, que por sinal mal sabia driblar a bola. Seus primeiros técnicos foram Eduardo Aviles e em Orlando Pinto, vulgo Alfinete. Que ensinaram muito a ela. Fez faculdade de educação física na Universidade Universo em Niterói, onde cursou todos os anos com 100% de bolsa. Hoje dá aulas de basquetebol, voleibol, musculação, em colégios, academia e clubes. Joga com a camisa número 9, e sempre foi seu número da sorte! Já foi convocada para seleções cariocas de base e seleção brasileira 3x3 adulto, no primeiro mundial em Atenas - Grécia em 2012.

 Se você não fosse jogadora de basquete, como seria vida?

  Nathália Lobato imagina que se não fosse atleta de basquete, teria tentando uma faculdade pública, mas teria dúvidas de qual curso escolher e talvez se sentisse perdida em qual rumo tomar em sua vida.

Você fez parte da primeira seleção brasileira de basquete 3x3 feminino, o que isto significa para você?

  Significa muito para Nathália Lobato ter feito parte da primeira seleção brasileira de basquete, ela se sente honrada, e isso faz parte da história dela no basquete, e ficará guardado para sempre na sua memória essa oportunidade.

 Você montou a equipe de basquete feminino, o Novo Basquete Rio (NBR), conte um pouco sobre essa sua tarefa de montar e manter uma equipe de Basquete Feminina, no nosso país “do futebol?”

  Nathália Lobato apaixonada pelo o esporte e com a percepção que o basquete feminino no Rio de Janeiro não tem mais tanto investimento, clubes para treino e valorização, resolveu criar um time de mulheres que já jogaram ou que ainda jogam basquete, para de início participar do torneio estadual do Rio de Janeiro - FBERJ, depois o torneio não tinha tantos times e ela então resolveu colocar seu time no campeonato da Liga Super Basketball - LSB. Onde seu time jogou 4 jogos no primeiro semestre de 2017 e venceu os 4. Por enquanto as taxas dos jogos e lanches para as atletas após os jogos são pagos por ela, mas ela espera conseguir um patrocínio em breve.

 Qual a sua opinião sobre o atual momento do basquete feminino, e que esperanças você tem sobre a nova diretoria da CBB?

Acredito na mudança, já é um avanço conseguirem que o 3x3 seja um esporte olímpico, e acredito que basquete ainda precisa ser olhado com mais carinho

6 Como é ser jogadora do basquete 3x3 e 5x5?

  São estilos diferentes. Nathália gosta de jogar os dois, mas tem uma paixão maior pelo basquete 5x5 por jogá-lo desde 11 anos. O 3x3 é um jogo mais intenso e quase sem descanso, e por ser um jogo dinâmico e com um curto tempo, se torna interessante de jogar

 O Basquete 3x3, agora é Esporte Olímpico, o que isso representa pra você?

 Para Nathália Lobato o Basquete 3x3 ser olímpico representa muito, pois ela enxerga que isso pode estar abrindo portas para jogadoras que nunca tiveram chance de jogar em uma seleção brasileira de 5x5 e hoje podem estar sendo vistas em um jogo de basquete 3x3. Ela enxerga mais oportunidades com isso.

 Como você vê o Basquete 3x3 no Rio e no Brasil?

 Nathália Lobato vê que o Rio poderia promover mais campeonatos de 3x3, para ver mais atletas jogando e fazer com que tenha mais movimentação no basquete. No Brasil ela vê o mesmo. Tirando São Paulo que estão será promovendo um campeonato de 3x3.

 Quais foram suas principais conquistas?

  Principais conquistas: Participar de seleções cariocas de base. Estudar em colégio com bolsa de estudo pelo basquete, conseguir 100% de bolsa na faculdade devido ser atleta do basquete e conquistar dois diplomas. Fazer amizades para a vida toda, que só que o basquete poderia proporcionar, conhecer muita gente, adquirir maturidade e responsabilidade desde cedo

Um fato inusitado  acontecido com você em sua vida dentro do esporte?

No início da carreira, quase fiz uma cesta contra,rssss

 O basquete já a deixou triste alguma vez?

 Sim, quando ela teve sair do Botafogo(clube onde jogou por quase 10 anos) porque não tinha time de adulto.

 O que falta ao nosso Basquete Feminino, que já teve Paula, Hortência,....campeão mundial em 1994, duas medalhas olímpicas,voltar ao topo do mundo?

Falta investimento, faltam dirigentes trabalharem mais, se dedicarem. Falta as pessoas (professores, técnicos, pais e mães) incentivarem seus alunos, filhos, parentes, crianças desde cedo a participarem do esporte. Falta desenvolver as crianças desde novas, para assim formarem grandes jogadores, e não deixarem o basquete morrer

 Como é seu dia a dia; treinos, basquete 3x3, 5x5, dirigente, uma pausa pra descansar

 Nathália Lobato trabalha como professora de Educação Física e é atleta de basquete, responsável pelo time NBR, e para conciliar tudo é um pouco complicado, mas quando se ama o que faz, consegue dar um jeito. Ela treina todo sábado com seu time NBR, malha durante a semana bem de manhãzinha antes do trabalho, treina de vez em quando durante a semana também de manhã, quando consegue um tempo a mais, e joga na maioria das vezes aos domingos. O descanso quase não tem, mas também não vê isso como um problema, pois treinar, jogar, dar aula de basquete e outras coisas ligadas à educação física para crianças e adultos, é super prazeroso, e faz com que sua vida seja uma vida feliz.

Você  também trabalha como Modelo?

Já trabalhei. Ajudei uma amiga com a marca de roupas dela. Já fiz alguns eventos, mas nada muito sério.

 Suas metas e objetivos para as temporadas deste ano?

  Continuar com o time NBR unido, entrosado, feliz. Motivar as atletas a não desistirem do basquete, conseguir um patrocínio para pagar taxas, lanches e passagens das atletas. Fazer com que o NBR tenha visibilidade, para mostrar o quanto existem meninas que jogam bem no Rio de Janeiro e não são ou não foram enxergadas. Fazer com que o basquete feminino ganhe espaço novamente.

COMPETIÇÃO DE TRÊS PONTOS

Uma cidade: Rio de Janeiro

 Um país: EUA

Prato preferido: Salada com carne

Praia ou campo: praia

Um filme: Coach Carter - Treino para a vida

Um livro: Onze anéis

Uma música -  In the zone

 Um homem bonito: Meu irmão (Lobato, vulgo Lobatinho)

 Deus: Maravilhoso

O que mais detesta -  Mentiras

O que mais a faz feliz  -Ter o basquete em minha vida

Um sonho realizado -  Minha formatura da faculdade     

Um sonho a realizar Ver o Basquete Feminino no seu auge.

A cesta mais certeira de sua vida

 Faltando 1 segundo para terminar um jogo da final do 3x3 em 2012 no Sesc Tijuca, perdendo de 1 ponto, Nathália Lobato matou uma bola de três um pouco longe da linha de três e ajudou seu time a vencer aquele jogo. Emocionante demais.

 Uma mensagem

 Escolher o basquete como estilo de vida, foi a melhor escolha que fez em toda sua vida. Sem o basquete Nathália nem sabe quem seria hoje. A todos as pessoas homens, mulheres e crianças, que dizem amar e lutar pelo basquete feminino, lutem, não desistam, o basquete aprende portas para muita gente, o basquete traz benefícios que dinheiro nenhum paga. Vamos reacender essa chama do basquete feminino no Rio de Janeiro e no Brasil.