BRUNO GUIDORIZZI, TREINADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-17 EM ENTREVISTA EXCLUSIVA
A Seleção Brasileira Sub-17 Feminina viaja neste domingo para Assunção, no Paraguai. A partir do dia 1º de dezembro irá disputar o Campeonato Sul-Americano da categoria. O Brasil está no grupo “A” e irá enfrentar na primeira fase o Chile, Peru e Venezuela.
Antes o técnico Bruno, gentilmente me concedeu esta entrevista
Bruno, como está a preparação da seleção nesse espaço curto de tempo, para disputar o Sul-americano?
Primeiramente, é uma honra servir a seleção, eu estive 5 anos como assistente e agora como técnico principal, isso aumenta a responsabilidade. Sabe-se que é difícil disputar um Sul-americano mesmo com um longo tempo de preparação, é uma competição que classifica para a Copa America e um ciclo todo dessa geração.
Agora a gente conta com um grupo bem talentoso, tem jogadoras que a gente pode variar taticamente muita coisa, as jogadoras vieram bem dos clubes vieram com um bom ritmo de jogo, assimilam nesses poucos dias que estamos juntos o que eu quero na função tática. É um grupo bem talentoso desse, fica mais fácil de trabalhar, tem muito repertorio para oferecer para a seleção.
Que futuro que você vê para esta geração?
A gente trabalha para que elas possam seguir a vida de atletas, elas estão na seleção de base, isso vai servir de experiências para elas que futuramente consigam vagas na seleção adulta mesmo sabendo que é difícil todas chegarem a uma seleção adulta, mas que elas possam chegar numa carreira brilhante como profissionais adultas, a Liga está se consolidando cada vez mais, sempre bem estruturada com parcerias importantes como a LNB. O futuro do basquete feminino tem que ser discutido, está sendo discutido, mas tem meninas talentosas chegando e com a estruturação da Liga, que elas continuem jogando.
Um pouco de sua trajetória dentro do basquete, até chegar hoje, treinador da seleção
Olha eu cresci no meio do basquete feminino, eu morava perto do Centro de Treinamento de São Bernardo, então eu passava minhas tardes durante a infância e adolescência lá, jogando, acompanhando treinos e quando sai do colégio, senti que não queria largar essa vida, então como eu nunca fui bom de bola, (rsss...), resolvi seguir na área técnica, decidi ser técnico logo cedo, porque eu me via nisso, eu cresci nesse meio e gostava bastante, então resolvi me formar em Educação Física, pra poder ser técnico de basquete. E São Bernardo me abriu as portas e comecei minha carreia lá. E aí procurei sempre me atualizar, tanto do Brasil como fora, viajei para a Argentina, Espanha, Estados Unidos, para buscar mais informações, e aí a gente começou a revelar jogadoras em São Bernardo e depois tive uma oportunidade na seleção brasileira,, como assistente em 2011. Acredito que com trabalho sério e bem realizado nesses cinco anos, chegou a oportunidade de ser técnico das categorias de base da seleção.
Um sonho realizado
Um dos meus primeiros sonhos era estar na seleção brasileira, isso foi muito gratificante pra mim, porque quando entrei como técnico, queria estar na seleção brasileira, e com relativo espaço curto de tempo, eu consegui realizar. Aí a gente vai colocando outras metas; quando entrei na seleção brasileira como assistente, queria me manter e virar técnico, que hoje eu conquistei. São dois sonhos realizados e quem sabe num futuro, dirigir uma seleção numa Olimpíada, creio que esse é o sonho de qualquer técnico, de qualquer jogador. Participar e ganhar uma medalha olímpica são um sonho e tenho que trabalhar para isso, a seleção está me ajudando me dando mais experiência para que eu possa realizar esse sonho.
Uma mensagem
Olha sempre que você tiver um sonho, não espere ele chegar, porque se você esperar, o sonho vira uma ilusão. Se você tem um sonho, tem que trabalhar pra que ele aconteça. Se você tem um sonho, trabalhei duro para alcançar.