ENTREVISTAS

JORGE PEDROSA, VICE-PRESIDENTE DA AA VILA ISABEL, UMA FORÇA PARA O BASQUETE, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

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JORGE PEDROSA, VICE-PRESIDENTE DE ESPORTES E PATROMÔNIO DA A A VILA ISABEL

            No momento mais difícil que atravessa o nosso basquete feminino, um basquete campeão do mundo e medalhista olímpico, foi, aos poucos, ficando no  esquecimento. Sem apoio, sem recursos, se bem que a categoria masculina, goza dessas propriedades, se dando ao luxo de perder a vaga para  o Mundial, e comprar um convite para participar da competição.

            Se nosso basquete está desorganizado, ao ponto de uma seleção sub-16 feminina, que irá disputar uma Copa América, Pré-Mundial, no México, entre os dias 24 e 28 de junho. A Copa América classifica os quatro primeiros colocados para o Campeonato Mundial Sub-17 de 2017, irá começar seus treinamentos somente nesta terça-feira, 9, até o dia 20, mesmo dia de embarque da delegação para o México.

        Entre esses casos e descasos que são constantes no nosso basquete, em particular no naipe feminino, o “primo pobre” e cada vez mais pobre.

        Há mais de dois anos, acompanho a carreira de uma jogadora de Teresópolis que viajava três vezes por semana, ou mais, para treinar no Botafogo. Dois anos se passaram e o Glorioso da Estrela Solitária, eliminou o basquete em suas categorias menores, no feminino e por momentos, a agonia, de quem gosta do basquete, de ver mais uma equipe fechando suas portas e a Anninha, a atleta de Teresópolis e suas colegas ficaram sem clube para treinar.

        Um exemplo, que fez meninas de 9, 10 e 12 anos de idade, apenas, passarem por essa experiência, que infelizmente é até comum no Brasil.

        Há quem diga que uma situação deve piorar para melhorar e esse dito popular, veio a encaixar nesse momento que um clube como o Botafogo F R, abandona suas crianças, surge lá no inicio a Vila Isabel, da concentração, direto para a avenida rumo a Apoteose para essas meninas, crianças que amam o basquete e querem um futuro  melhor para o país.

        Vila Isabel, e sua Associação Atlética Vila Isabel, acolheram de braços abertos toda uma equipe que quer fazer basquete e uma pessoa particularmente importante entra em cena e vai acrescentar mais uma estrela, um sol a brilhar, como diria o imortal Noel Rosa: “São Paulo dá café, Minas dá leite, e a Vila Isabel dá samba...” e hoje, um ilustre morador da Vila Isabel, vai acrescentar o basquete na música de Noel, “....a Vila Isabel da samba e basquete...”

            Esse ilustre personagem é  Jorge Pedrosa, vice-presidente de esportes e patrimônio do clube, que tem feito das tripas, coração e seus projetos de inclusão e a educação através do esporte, está tornando seu clube, AA Vila Isabel, cada vez mais, esportivo e fazendo pelo esporte, que muitas de nossas autoridades, não o fazem.

            Noel Rosa, já dizia que a  Vila é uma cidade independente; hoje o tradicional berço do samba, está crescendo também e esporte, e com ele, a educação, a cidadania para um futuro maior e melhor. Pedrosa já acrescentou o esporte no “hino” da Vila e já está entre os grandes nomes não só da Vila Isabel, mas do nosso basquete, que precisa muito dele e agradece por ele existir.

            Gentilmente, Jorge Pedrosa, me recebeu para falar um pouco mais do basquete e da AAVI:

Jorge, fale um pouco sobre a AA Vila Isabel e seus projetos no esporte.

 O Vila Isabel é um clube incrível e que me encantou desde os primeiros contatos neste ano. Temos um forte potencial de alcance e um ambiente muito familiar, que atrai as pessoas. Hoje vejo o Vila como um pedaço de mim e estar resgatando essa parte esportiva se tornou um grande desafio pra mim. Estou realizado

 O basquete feminino, campeão mundial e medalhista olímpico, por incrível que pareça, foi deixando de ser prioridade no país. Você, ao contrario, está resgatando a modalidade, e dentro de uma lógica segura, começar na base. Como é seu trabalho a favor da modalidade?

 Aqui a gente quer ir longe, mas com um grande planejamento. O início sempre será pela base e, só quando tivemos cada vez mais seguros daremos outros passos. O basquete sempre foi uma paixão pra mim e acho que precisava de um projeto como esses para mostrar que ainda está muito vivo. Queremos crescer muito ainda.

 Em pouco tempo, as equipes dirigidas pela treinadora Renata Oliveira, já tem duas grandes conquistas, como você faz para conciliar um basquete “inclusão” e um basquete campeão?

 O trabalho que é feito conta com uma verdadeira mescla. As meninas se conhecem, convivem bem e, desta forma, vamos conseguindo unir duas frentes importantes. Desde que chegaram ao Vila elas se dedicam ao máximo e esses títulos são as provas do quanto dá certo um trabalho com seriedade e determinação.

 Como você vê o atual momento do nosso basquete feminino e o futuro dessa modalidade no Rio de Janeiro e no nosso país?

O esporte, em geral, vive um conflito. É momento olímpico, mas muitas modalidades sem apoio algum. O basquete feminino, hoje, se tornou raridade e queremos justamente mudar isso. Vamos incentivar ao máximo e queremos colaborar cada vez mais com a volta por cima da categoria

 Quais os planos da AA VI em seu basquete feminino para esta temporada?

Estamos na reta final do Torneio Rio de Janeiro e temos o Estadual pela frente. Além disso, estamos estudando a possível participação em outros campeonatos e, quem sabe, a realização de um projeto nosso aqui no clube. Outra novidade é a equipe masculina, que estamos trabalhando para ativar muito em breve.

 Uma sugestão para uma melhoria considerável no basquete feminino a caminho de uma Olimpíada?

Foco e determinação. A vontade é essencial. Na vida, algumas pessoas querem que algo aconteça, outras fazem acontecer. O segredo está no trabalho.

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