RIO 2016 E NOSSAS SELEÇÕES ELIMINADAS. AGORA VAMOS COMEÇAR PELA BASE?
Nos últimos anos, ou mesmo nas últimas décadas, o “dia seguinte” do final das competições é sempre o mesmo, e tanto que nossas seleções estão repetindo os resultados sempre. Hoje, nossa seleção feminina, com um triste saldo de 5 jogos e igual número de derrotas. Já a nossa masculina, sentiu o sabor de vitórias, mas o insuficiente para tentar buscar uma sonha medalha.
Agora, ao final de mais uma Olimpíada, não adianta ficar procurando culpados pelo fracasso, essa procura, sempre existiu nesses momentos.
Vamos mudar nossas atitudes.
Sabemos das diferenças gritantes entre nossas categoiras, enquanto a masculina, tem seus campeonatos organizados, uma Liga Nacional atuante e crescendo cada vez mais; campeonatos atraentes, e já com uma “segunda” divisão onde o Vasco da Gama, foi o grande vencedor e por outro lado, os campeonatos femininos, estão cada vez mais, diminuindo a quantidade de participantes, quer seja regional, haja vista que o campeonato Paulista, grande celeiro de estrelas, este ano, jutando as duas divisões das categorias adultas, está sendo disputado com apenas 6 equipes, o mesmo acontecendo com a LBF, a liga feminina que ainda não decolou.
Agora, não adianta citar os erros, como, a seleção perdeu muitos lances livres....faltou sorte nos arremessos... tal jogador ficou muito tempo no banco e todos os defeitos que, se não tivessem acontecidos, iriamos ganhar medalha...talvez...
Também não adianta mencionar que o basquete feminino é o primo pobre das federações e confederação. É nova atitude daqui pra frente.
Nos últimos dois meses, pude cobrir dois eventos envolvendo categorias de base, um já em sua vigésima edição, o Encontro Sul-americano de Novo Hamburgo RS e o outro, um festival na cidade de Santa Bárbara do Oeste SP. No Sul, com centenas de atletas em ação e semanas de duração, em Santa Bárbara, quatro equipes num evento de um dia, porém, bastante proveitoso. Lamento que esse evento não fosse divulgado para todo o país, para ver como é que os profissionais trabalham para formar um atleta, um cidadão, independente de ter apoio ou não, simplesmente trabalham e fazem o basquete acontecer. Quantos grandes jogadores que estão na seleção hoje,tiveram enorme dificuldades para começar a treinar, mas houve um professor para pegar em suas mãos e dessas, anos depois, nasceram muitas cestas, vitórias e fazendo campeões.
Agora, vamos mudar a atitude já, e começar pela base, afinal, todos os nossos medalhistas e campeões, começaram lá.
Para deixar uma foto para este texto, não quero postar fotos das nossas seleções, para não lembrarmos dessas derrotas e escolhi uma foto do jogo entre Centro Olímpico/SP x Instituto Roseli Gustavo/Araraquara, categoria sub-15, mostrando a garra de quem sonha com grande basquete.