CONTOS RECOLHIDOS DO BASQEUETEBOL 2: FAUSTO GIANNECCHINI E MEU PRIMEIRO AUTÓGRAFO
PELA PRIMEIRA VEZ, VI UM JOGO DE BASQUETE; O MEU PRIMEIRO AUTÓGRAFO DE UM JOGADOR QUE HOJE É UM GRANDE AMIGO
Eu só conhecia basquete, pelo rádio. Não perdia as transmissões dos jogos pelas rádios Difusora e Hertz de Franca, se não me falha a memória. Quando tinha jogo, era meu programa predileto ficar em casa e ouvir as emissoras que transmitiam o basquete, já me situava bem na quadra, pois acompanhava todas as transmissões e as empolgantes narrações, os comentaristas, os repórteres, com tudo isso, eu ia aprendendo um pouco como era esse esporte.
Com meus 19 anos, eu imaginava como era o tal jogo de basquete, tendo o rádio como apoio, uma vez que, quando na adolescência, na escola que estudei, o Ginásio Santo Tomás de Aquino, não havia sequer quadra de esportes e anos mais tarde, fui professor nesta mesma escola e também treinador de basquete da mesma. Mas esses “contos”, vou contar em breve.
Pelo rádio fiquei sabendo que teria uma Taça Brasil de Basquete na cidade de Franca, e passou a ser meu grande sonho ir aquela cidade paulista e ver um jogo de basquete.
Agosto de 1971, chegou o grande dia, ou melhor, os grandes dias, uma vez que assisti todos jogos dos três dias em que foi disputado o quadrangular. Na verdade teria mais equipes participantes, mas houve uma serie de problemas, e muitas equipes desistiram e só compareceram o EC Sírio, de São Paulo, Minas TC de Belo Horizonte e Arapongas Clube, da cidade paranaense do mesmo nome.
Primeira rodada, eu lá estava no meio da torcida toda entusiasmada gritando, cantando e pegando no pé dos adversários. O time de Franca era o Clube dos Bagres, que jogava no seu ginásio que estava lotado. Confesso que fiquei emocionado e não sabia nem o que falar, só acompanhava a torcida francana, lembro bem de um jogador do Arapongas, Urbano que fazia jogadas de efeito e era o mais marcado pela torcida. Anos depois, vim conhecer o Urbano numa festa da Federação Paulista de Basquete, em São Paulo. Final Clube dos Bagres 88 x 56 Arapongas Clube.
Segunda rodada o Clube dos Bagres enfrenta o Minas TC, a torcida pegou mais forte, era comum os termos como “mineiros burros” entre outros similares e eu, um mineiro, no meio da torcida francana, apoiava tudo, mas na verdade, um tanto aéreo e parecia que nem estava sabendo o que falar, final Bagres 86 x 51 Minas TC.
Terceiro dia, a grande decisão dos invictos, Bagres x Sírio. Um barulho só tomava conta do ginásio superlotado, muito equilíbrio, os arremessos de Dodi, do Sírio, silenciava um pouco a torcida, mas aos poucos o Bagres, foi avançando na dianteira do placar e termina com a vitória sobre o time da capital por 75 a 62. O ginásio virou uma festa total, a torcida foi pra quadra festejar, eu acompanhei também. Queria levar um autógrafo de lembrança do jogo e com caneta e cadernetinha em mãos, mãos à obra, rsss. O primeiro jogador que falei e pedi o autógrafo foi o número 9, Fausto!
Contei que via basquete pela primeira vez e tinha vontade aprender. “Precisando de mim, é só me procurar...” foram palavras do grande armador de Franca e do Brasil, Fausto Ginannecchini.
Algumas décadas depois, Fausto é um grande amigo e que frequenta minha casa, inclusive, aliás, sobre o Fausto, tenho uma série de CONTOS, sobre ele, hoje só cito o autógrafo.
Na sequencia dos autógrafos, vieram o do Amilton, Hélio Rubens, Fransérgio, Karraro, Totô, Robertão e o treinador Pedro Morila Fuentes, hoje, nome de Templo do basquete francano, o Pedrocão. Todos da equipe dos Bagres.
Lembro-me também que perguntei ao Hélio Rubens, com fazia para arremessar para a cesta e ele fez todos os movimentos do corpo e a finalização das mãos.
Também, décadas depois, falando com o treinador Hélio Rubens, e disse que me havia ensinado como arremessar, naquele distante 1971. O técnico francano me perguntou: ”E você aprendeu?”
Rsss
E até o CONTOS RECOLHIDOS DO BASQEUETEBOL 3