APRENDENDO COM O ESPORTE, APRENDENDO COM O HELINHO; EM FANTÁSTICA PALESTRA
HELINHO, O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE É ATLETA DO FRANCA BASQUETE COM PASSAGEM PELA SELEÇÃO BRASILEIRA
Jogar basquete: uma herança de seu avô, seu pai e tios...
Na abertura da Jornada de Educação Física, promovida pela Faculdade Calafiori, de São Sebastião do Paraíso, teve como mestre de cerimônia, o Mestre em Educação Física, professor Murilo Pessoni, teve início, nesta segunda-feira, no Teatro Sebastião Furlan, com três palestrantes da área do Atletismo, Elenilton Viana Rangel, Rafael Falsarella e Diego Figueiredo Machado, que falaram sobre Corridas e Triathlon em seus aspectos técnicos, nutricionais aliados a saúde e qualidade de vida.
A seguir, foi a vez do professor Helio Rubens Garcia Jr, o Helinho que defendeu a seleção brasileira e hoje é atleta do Franca Basquete.
Helinho narrou sobre sua trajetória dentro do basquete, todas as dificuldades encontradas, praticou várias modalidades até que aos 15 anos, sentiu que teria que definir seu esporte: e está no basquete até hoje quando completa 24 anos, e feliz com o esporte da cesta.
Nas equipes infantis, ele era o menor e mais fraco fisicamente, mas o basquete era o esporte que já estava amando e queria ir mais longe. E foi, literalmente longe, longe de casa como também, longe em conquistas de quem um dia tinha vontade de viajar nos bancos da frente da Kombi que levava sua equipe nas viagens, uma vez que, só os melhores jogadores do time, tinham esses lugares privilegiados.
Helinho foi aos Estados Unidos, em pleno rigoroso inverno, tinha que madrugar porque os treinos começavam às 6 horas. “quando o treinador apitava, tínhamos 15 segundos para colocar a bola no chão e ficar em posição de sentindo”, palavras do palestrante sobre a disciplina que impera no esporte naquele país.
Quando sentiu que queria ser um jogador de basquete, assumiu o verdadeiro comprometimento com a modalidade que poderia resumir em treinar, treinar e treinar mais ainda. Chegava à quadra antes do inicio do treino e só a deixava bem depois do final do mesmo. Certo dia, o desanimo bateu as suas portas, uma vez que treinava mais do que todo mundo e quase não jogava, mas, seu pai, treinador, conselheiro e amigo disse:
- você tem fé em Deus?
- tenho
Você está trabalhando da forma correta?
- estou
- você tem comprometimento com seu trabalho?
- tenho
- então fique tranqüilo porque se você tiver que entrar pra jogar, eu o qualquer outro treinador que vier a ter poderá colocar você na quadra pra jogar, então não se preocupe com isso, porque, naturalmente as coisas vão acontecendo.
“Depois desse diálogo, sempre fui trabalhando, treinando duro e depois de dois anos, eu tive a felicidade de ser considerado o melhor jogador sub-21 do Brasil”, disse o armador do Franca.
Um grande orgulho para quem há 6 anos atrás, era mais um mascote do time do que um jogador.
Hoje aos 39 anos de idade, provavelmente, o último ano da carreira brilhante e hoje, quando faz uma bela partida, fica pensando que poderia estar ajudando a seleção; quando perco um jogo, penso “já é hora de parar”.
Em 2010, continua a narração de Helinho, num campeonato brasileiro, fizemos quatro partidas e tínhamos perdido três, logo após o a derrota para Joinville, fizemos uma hora e meia de reunião, ainda no vestiário; o comprometimento foi a palavra de honra. Chegamos à final da competição. Perdemos na final, mas a sensação de dever cumprido foi muito prazerosa.
Tive um amigo que muito me incentivou a jogar me mostrou como deveria ser um verdadeiro comprometimento. Passaram-se dez anos, sem ver o meu amigo e quando o reencontrei que fiquei sabendo que havia deixado de jogar basquete. O amigo que amava e dedicava inteiramente ao basquete transferiu todo esse amor à sua carreira dentro do Direito, se formou, passou num concurso, e realizou seu sonho de ser promotor em São Paulo.
E muitas outras citações sobre sua vida que empolgou todo o público presente, em sua maioria, alunos de Educação Física.
Ao final, Helinho, gentilmente, atendeu a todos, poses para fotos e se comprometeu voltar à Paraíso pra falar mais sobre basquete.
UMPOUCO MAIS SOBRE HELINHO
Pela seleção:
- Campeonato Mundial
- 10º lugar (Grécia - 1998) - 19pts/4 jogos
- 8º lugar (EUA - 2002) - 18pts/9 jogos
- Copa América – Pré-Mundial
- Vice-campeão (Argentina – 2001) - 72pts/8 jogos
- Torneio Pré-Olímpico das Américas
- 6º lugar (Porto Rico – 1999) - 11pts/6 jogos
- Jogos Pan-Americanos
- Campeão em Winnipeg (Canadá - 1999) - 43pts/4 jogos
- Campeonato Sul-Americano
- Campeão (Argentina – 1999) - 37pts/5 jogos
- Vice-campeão (Chile – 2001) - 72pts/7 jogos
- Goodwill Games
- 5º lugar (EUA – 1998)
- Medalha de bronze (Austrália – 2001) - 95pts/5 jogos
- Campeonato Nacional
- Campeão (Franca - 1997, 1998 e 1999, Vasco da Gama – 2001 e 2002 e Uberlândia - 2004)
- Vice-campeão (Uberlândia - 2005)
- Campeonato NBB
- Vice-campeão (Franca 2010/2011, Uberlândia - 2012/2013)
- Campeonato Mineiro
- Tricampeão (Uberlândia - 2003, 2004 e 2012)
- Campeonato Paulista
- Campeão (Franca - 2006)
Pelos clubes:
- Campeonato Nacional
- Campeão (Franca - 1997, 1998 e 1999, Vasco da Gama – 2001 e 2002 e Uberlândia - 2004)
- Vice-campeão (Uberlândia - 2005)
- Campeonato NBB
- Vice-campeão (Franca 2010/2011, Uberlândia - 2012/2013)
- Campeonato Mineiro
- Tricampeão (Uberlândia - 2003, 2004 e 2012)
- Campeonato Paulista
- Campeão (Franca - 2006)