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25/05/2017

25 DE MAIO DE 1963: BRASIL BICAMPEÃO MUNDIAL MASCULINO

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No dia 25 de maio de 1963 (sábado), há exatos 54 anos, o Brasil conquistava o seu segundo Campeonato Mundial Masculino, ao derrotar os Estados Unidos, por 85 a 81 (39 a 39 no primeiro tempo), na última rodada da fase final, realizada no lotado ginásio Gilberto Cardoso (Maracanãzinho), no Rio de Janeiro (RJ).

 

“Temos sempre que lembrar com orgulho e satisfação desta importante conquista, além de reverenciar a todos que participaram desta geração dourada, que muitas alegrias nos deram, graças a suas conquistas e feitos realizados pelas quadras do mundo. Este título, que colocou o basquete nacional entre os maiores do planeta, nos serve de incentivo e de inspiração”, comenta Guy Peixoto Jr, presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB).

 

O selecionado nacional era muito bom e, realmente, contava com jogadores de extrema qualidade:

 

04. Amaury Pasos (106 pontos, em seis jogos)

05. Wlamir Marques (108 pontos, em seis jogos)

06. Ubiratan Maciel (46 pontos, em seis jogos)

07. Carlos “Mosquito” Massoni (12 pontos, em cinco jogos)

08. Benedito “Paulista” Tortelli (06 pontos, em dois jogos)

09. Carmo “Rosa Branca” de Souza (65 pontos, em seis jogos)

10. Jathyr Schall (07 pontos, em cinco jogos)

11. Luiz Menon (02 pontos, em três jogos)

12. Antonio Sucar (30 pontos, em seis jogos)

13. Victor Mirchauswka (90 pontos, em seis jogos)

14. Valdemar Blatskauskas (13 pontos, em quatro jogos)

15. Friedrich “Fritz” Braun

 

Já a comissão técnica era formada por: técnico Togo Renan Soares (Kanela), assistente-técnico Moacir Daiuto, José Dias Pimenta de Melo (chefe da delegação), Capitão Milton Pauleto (delegado), Jorge Oliveira Melo (massagista) e Francisco da Silva (mordomo).

 

CAMPANHA

O Brasil estreou já na fase final da quarta edição do Campeonato Mundial, no dia 16 de maio (quinta-feira), ganhando de Porto Rico, por 62 a 55 (25 a 27 no primeiro tempo). Os principais pontuadores da equipe nacional foram Amaury Pasos e Wlamir Marques, com 16 e 14 pontos, respectivamente. Na segunda rodada, disputada em 17 de maio (sexta-feira), uma vitória mais tranquila sobre a Itália, por 81 a 62 (40 a 24), com 18 pontos de Victor Mirshauswka.

 

Já a terceira vitória brasileira foi sobre a Iugoslávia, por 90 a 71, no dia 20 de maio (segunda-feira), após um primeiro tempo fantástico (51 a 27). Os destaques do Brasil foram Wlamir Marques (24 pontos) e Amaury Pasos (22 pontos). A equipe dirigida pelo técnico Togo Renan Soares (Kanela) manteve a sua trajetória positiva ao suplantar a França (77 a 63), em 21 de maio (terça-feira), com quatro jogadores atingindo dígitos duplos na pontuação: Victor Mirshauswka (17 pontos), Carmo “Rosa Branca” de Souza (14 pontos), Amaury Pasos (13 pontos) e Ubiratan Maciel (13 pontos).

 

No dia 23 de maio (quarta-feira), com 27 pontos do cestinha Victor Mirshauswka, o Brasil ganhou da União Soviética por 90 a 79 (43 a 42 no primeiro tempo). Destaques também para Wlamir Marques (20 pontos), Amauri Pasos (16 pontos) e Carmo “Rosa Branca” de Souza (14 pontos).

 

Com esse panorama, no dia 25 de maio (sábado), Brasil e Estados Unidos entraram na quadra para a partida final, diante de mais de 20 mil pessoas, que lotaram as dependências do ginásio. Após o empate em 39 pontos no primeiro tempo, o Brasil superou os norte-americanos, por 85 a 81, sendo que 65 pontos foram marcados pelo trio Wlamir Marques (26 pontos), Amaury Pasos (22 pontos) e Victor Mirshauswka (17 pontos).

 

A classificação final ficou assim: 1º- Brasil, 2º- Iugoslávia, 3º- União Soviética, 4º- Estados Unidos, 5º- França, 6º- Porto Rico, 7º- Itália, 8º- Argentina, 9º- México, 10º- Uruguai, 11º- Canadá, 12º- Peru e 13º- Japão.

 

OPINIÕES

 

Pode passar o tempo que for – 54/60/70/100 anos – que, para quem assistiu ou participou dessa conquista sempre as imagens serão eternas e inesquecíveis, parecendo que tudo aconteceu no dia de ontem. Infelizmente, não possuímos imagens que possam mostrar o jogo e a festa provocada pelo povo carioca quando ao final do jogo frente aos Estados Unidos; invadiram a quadra e nos carregaram em seus ombros. Não entramos nesse Mundial apenas como participantes, entramos como favoritos ao lado da União Soviética e dos norte-americanos, mas não demos chances a ninguém, ganhamos o título de forma invicta, reconhecendo mais uma vez o poderio do basquete masculino do Brasil. Ali fomos bicampeões do mundo, um título muito comemorado e até hoje lembrado na história das grandes conquistas do esporte brasileiro em todos os tempos. São 54 anos que se foram, mas em mim permaneceram imorredouros momentos”, Wlamir Marques

 

“Foi fantástico e inesquecível, uma vez que fui campeão do mundo aqui no Brasil, com o ginásio lotado. E vencemos os Estados Unidos na final. No último jogo contra os norte-americanos, havia gente pendurada nos suportes que sustentavam o teto. Não tenho a menor dúvida que foi o maior feito da história do basquete brasileiro e tenho um orgulho muito grande de ter participado desse grupo vencedor. Somos uma equipe de amigos, como os mosqueteiros, éramos um por todos e todos por um; tudo era em função da equipe. Foram esses os valores campeões”, Amaury Pasos

 

Eram jogadores iluminados (Wlamir e Amaury), eram as duas colunas do time que nos completávamos. Devo tudo que fiz no basquete ao Kanela. Tenho uma eterna gratidão a ele”, Antonio Sucar

 

Foi uma conquista de revanche, pois tínhamos perdido o Pan-americano em São Paulo (SP)”, Carlos “Mosquito” Massoni

 

Era um grupo de amigos e ninguém tinha inveja de ninguém, ou seja, não tinha tempo ruim com o pessoal”,Jathyr Schall

 

Fotos: Acervo CBB

 

Foto: Kiko Ross/ASE

Legenda: Guy Peixoto Jr, presidente da CBB, ao lado de Wlamir Marques e Amaury Pasos, grandes nomes do selecionado nacional na conquista do bicampeonato Mundial

Fonte:ASE

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